Cooperação internacional tem que acelerar em setores que emitem CO2 (relatório)
A cooperação internacional tem que aumentar rapidamente nos setores mais responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa, como o transporte e a indústria, para acelerar a transição energética, alerta um relatório divulgado nesta terça-feira.
"O grande desafio é o da colaboração entre países e setores", destacou o diretor-executivo da Agência Internacional da Energia (AIE), Fatih Birol, na apresentação do relatório. "Sem essa colaboração internacional, a transição para uma emissão líquida zero será muito mais difícil e poderia ser atrasada por décadas."
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O relatório, que analisa a situação no transporte terrestre, eletricidade, produção de aço, hidrogênio e agricultura, foi um pedido da última conferência climática da ONU (COP26) em Glasgow. Um total de 45 países se comprometeram durante o encontro a aumentar essa colaboração. A próxima COP será realizada na cidade egípcia de Sharm el-Seikh em novembro.
O texto traz 25 recomendações para reduzir as emissões de CO2 nesses cinco setores (60% do total de emissões mundiais). Há avanços notáveis, destaca o relatório, como a duplicação das vendas de veículos elétricos em 2021.
Os autores pedem que se estabeleça um calendário comum para o fim dos veículos térmicos, a harmonização das normas para as baterias elétricas ou a mobilização financeira para a infraestrutura de recarga dessas baterias. Também incentivam a criação de "super-redes" transfronteiriças ou mais centros de análise para contribuir com a transição energética dos países que usam carvão.