No Chile, rejeição por nova constituição atinge 62,5%, mostra contagem preliminar

A rejeição da nova constituição do Chile atingiu 62,55% no plebiscito realizado neste domingo, 4, de acordo com a contagem oficial preliminar divulgada à noite, enquanto a aprovação totalizou 37,45%. Se essa vantagem for mantida, a Carta Magna imposta pela ditadura militar há 41 anos continuará em vigor. As eleições decorreram em absoluta calma.

O resultado do plebiscito divulgado pelo autônomo Serviço Eleitoral do Chile (Servel) - que até a publicação desta matéria havia contabilizado 48% dos votos - é crucial para o presidente Gabriel Boric, que tem sido um dos principais defensores da nova constituição.

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O plebiscito é o fim de um processo de três anos que começou em 2019, quando no Chile - até então considerado um exemplo de estabilidade na região - eclodiram protestos estudantis de rua exigindo mais igualdade e direitos sociais. Um ano depois, 78% do eleitorado decidiu que queria uma nova constituição para substituir a imposta pela ditadura militar de 1973 a 1990.

A nova Carta Magna enfatiza as questões sociais e a igualdade de gênero, consagra os direitos dos 11 povos originários do Chile, prioriza a proteção do meio ambiente e introduz os direitos à moradia, saúde e educação gratuita.

A apuração final será entregue pelo Tribunal de Habilitação Eleitoral, que tem 30 dias para fazer a sua própria recontagem e que tradicionalmente não difere muito da feita pelo Servel. Fonte: Associated Press.

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