Morte da rainha Elizabeth II: entenda a monarquia britânica
Com o falecimento de Elizabeth II, príncipe Charles assume automaticamente o comando do Reino Unido.
16:59 | Set. 08, 2022
A Rainha Elizabeth II morreu nesta quinta-feira, 8, aos 96 anos, em Balmoral. A regente mais longeva da história do Reino Unido e do mundo nasceu em 21 de abril de 1926, e ascendeu ao trono após a morte de seu pai, o rei George VI, se tornando rainha em fevereiro de 1952 após a polêmica abdicação do irmão mais velho, Edward VIII.
O poder do monarca, geralmente, é vitalício e hereditário, ou seja, estende-se durante toda a sua vida, sendo transmitido apenas com sua morte ou com sua renúncia à posição de monarca e é transmitido de pai ou mãe para filho ou filha. Com a morte da Rainha Elizabeth II, nesta quinta-feira, 8, aos 96 anos, o príncipe Charles, seu filho, se torna automaticamente rei, aos 73 anos. Hoje, se considera mais o termo “família real” para falar da monarquia inglesa, após a prática de receber debutantes na corte ser abolida pela rainha.
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A Inglaterra é gerida por uma monarquia parlamentar, que constitui o Reino Unido, juntamente com Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, e seus territórios agregados, os Territórios Ultramarinos Britânicos. A monarquia teve um processo vigente durante grande parte da história mundial e até o século XVIII era absolutista, no qual o rei ou rainha centralizava todo o poder político.
A partir do século XVIII, a monarquia parlamentar foi instaurada e se mantém até os dias de hoje no Reino Unido. Esta forma de governo significa que o rei ou rainha é o Chefe de Estado de forma hereditária ou eletiva, mas seus poderes são limitados pela constituição. Enquanto na monarquia absolutista o rei não tinha que prestar conta ao parlamento.
Desde a derrota de James II para o parlamento, na Revolução Gloriosa, em 1688, o chefe de governo é o primeiro-ministro e o chefe de Estado é o monarca, que tem seus poderes limitados e simbólicos na Inglaterra. A partir de então, os chefes de estado são orientados por “recomendações” do gabinete que comanda o Parlamento Britânico na tomada de decisões. Além da terra da rainha, outros 43 países adotam a monarquia de formas variadas, mas a maioria delas tinha a Rainha Elizabeth II como sua chefe de Estado.
Na Inglaterra atual, os cidadãos participam de eleições livres para eleger os membros do parlamento. Esses, quando eleitos, passarão a recomendar nomes de representantes para formar o gabinete responsável pelo comando do reino. Essa recomendação é sempre aceita pela rainha, assim como todas as decisões tomadas pelos membros ao longo do mandato, como sancionar leis ou demitir o primeiro-ministro.
Ou seja, mesmo a monarquia tendo representatividade dentro da política britânica, ela não interfere diretamente nas causas políticas, apenas o parlamento que faz isso. A figura da monarca hoje ela é de chefia mais voltada para a questão militar e a questão religiosa.
Além do termo rei e rainha na família real, existem outros vocativos para os integrantes da realeza. O herdeiro direto ao trono recebe o título de Príncipe de Gales. Nesse caso, o príncipe Charles, primogênito da Rainha Elizabeth II, e Philip, marido da rainha, Duque de Edimburgo.
Os duques e duquesas são membros da nobreza, logo abaixo do monarca, e são os governantes das províncias e os colegas de mais alta patente do rei. O príncipe William é o Duque de Cambridge e Kate, sua esposa, a Duquesa de Cambridge. Camila, esposa de Charles, era a Duquesa da Cornualha. Agora, com Charles assumindo o trono, Camila se torna rainha consorte, esposa do rei vigente.
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