Papa insiste que igreja deve ter 'tolerância zero' com agressões sexuais

"É uma monstruosidade", acrescentou o pontífice

A Igreja Católica deve tratar os casos de agressões sexuais com uma política de "tolerância zero", reafirmou o papa Francisco, que tachou os abusos sexuais de "monstruosidade" durante entrevista a uma emissora portuguesa.

"Uma coisa muito clara é a tolerância zero. Zero. Um sacerdote não pode continuar sendo um sacerdote se é um abusador. Não pode porque está doente ou é um criminoso", declarou o papa durante a entrevista à TVI/CNN Portugal, cujos trechos foram publicados no site do canal.

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"É uma monstruosidade", acrescentou o pontífice.

A entrevista será difundida em duas partes, um neste domingo, 4, e outra amanhã à noite.

Em Portugal, no início do ano começaram os trabalhos de uma comissão independente para investigar as denúncias de abusos sexuais na Igreja Católica.

A comissão, criada por iniciativa da própria igreja, já recolheu cerca de 400 depoimentos, dos quais 17 foram remetidos à Justiça, afirmou recentemente Pedro Stretch, psiquiatra infantil que dirige esse grupo de trabalho, que prevê publicar suas conclusões até o fim do ano.

"Não nego os abusos. Mesmo que fosse apenas um, é monstruoso", admitiu Francisco na entrevista.

Ademais, o pontífice afirmou que pretende visitar Portugal durante a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), um encontro mundial de jovens católicos que terá lugar na primeira semana de agosto do ano que vem.

"Pretendo ir. O papa vai. Seja Francisco ou seja João XXIV, mas o papa vai", afirmou.

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