Nasa divulga sons inéditos de observações do supertelescópio James Webb

Processo de sonificação das imagens envolveu uma equipe de cientistas, músicos e uma pessoa com deficiência visual que trabalhou para adaptar os dados do equipamento

A Nasa divulgou nesta quarta-feira, 31, sons inéditos de algumas imagens observadas pelo supertelescópio James Webb. O processo de sonificação das imagens envolveu uma equipe de cientistas, músicos e uma pessoa com deficiência visual que trabalhou para adaptar os dados do equipamento.

“Nosso objetivo é tornar as imagens e os dados do Webb compreensíveis por meio do som, ajudando os ouvintes a criarem suas próprias imagens mentais", explicou Matt Russo, músico e professor de Física da Universidade de Toronto, nos Estados Unidos.

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O processo de sonificação, segundo o G1, é feito por meio de programas de computador e de linguagem de programação, visando "traduzir" informações não audíveis pelo ser humano (dados astronômicos) em uma onda sonora perceptível aos nossos ouvidos.

Os sons captados, no entanto, não são os realmente produzidos por objetos astronômicos. Uma das imagens traduzidas em som pela agência espacial foi da Nebulosa do Anel Sul, em que as cores das imagens foram traduzidas para alguns tons sonoros, explica a Nasa.

Nebulosa Planetária do Anel Sul
Nebulosa Planetária do Anel Sul (Foto: Reprodução/Nasa)


Nesse processo, frequências de luz foram convertidas diretamente em frequências de som. Na parte inicial da faixa de áudio, a luz infravermelha próxima é representada por uma faixa de frequências mais alta. Já na metade, as notas ficam mais baixas.

Outra imagem traduzida em som foi a da Nebulosa de Carina, que difere da Anel Sul por ser uma região de formação de estrelas. Segundo a nasa, ela é uma das maiores e mais brilhantes nebulosas do espaço, localizada a aproximadamente 7,6 mil anos-luz de distância, na constelação sul de Carina.

A Nasa explica que no processo de sonificação, os "Penhascos Cósmicos" que formam a Nebulosa foram mapeados para uma sinfonia audível. As luzes mais brilhantes na imagem representam sons mais altos, podendo ter a frequência também alterada a depender de onde elas estão estacionadas.

"O gás e a poeira que ficam na metade superior da imagem são representados em tons de azul e sons de vento, semelhantes ao de drones. A metade inferior da imagem, representada em tons avermelhados de laranja e vermelho, tem uma composição mais clara e melódica", explica a agência espacial.

Também foi explicado pela Nasa que as áreas mais obscurecidas pela poeira que aparecem mais na parte de baixo da imagem são representadas por frequências mais baixas e notas mais claras e não distorcidas.

O cientista do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial em Baltimore, nos Estados Unidos, Quyen Hart, pontuou que as esquipes da agência espacial "estão comprometidas em garantir que a astronomia seja acessível a todos".

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