Manifestações contra a ONU na República Democrática do Congo deixam 36 mortos
O balanço oficial provisório, entregue à AFP nesta terça-feira (2) pelas autoridades do Congo, registrou quatro Capacetes Azuis e 32 manifestantes mortos durante a semana de protestos contra a Missão das Nações Unidas, nas cidades do leste da República Democrática do Congo.
Segundo o porta-voz do governo Patrick Muyaya, há "um número elevado de 36 mortos", 13 deles em Goma e 13 em Butembo, entre eles quatro Capacetes Azuis. Outros quatro foram registrados em Uvira, três em Kanyabaonga e três em Kasindi.
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Muyaya afirmou "quase 170 pessoas feridas" foram adicionadas neste saldo. Um primeiro levantamento informou ao menos 19 mortos e dezenas de feridos.
Desde o dia 25 de julho os manifestantes protestam contra a Missão da ONU em RDC (Monusco), a qual acusam de falta de capacidade para frear a violência e os ataques das centenas de grupos armados, que desestabilizam o leste do país há quase 30 anos.
Os manifestantes saquearam as instalações da ONU.
No último final de semana, o secretário-geral da ONU Antonio Guterres declarou-se "indignado" após a morte de duas pessoas na passagem da fronteira, onde as forças de paz das Nações Unidas abriram fogo.
Presente na RDC desde 1999, a Monuc (Missão da ONU no Congo) que em 2010 se tornou Monusco (Missão da ONU para a Estabilização da RDC), conta atualmente com mais de 14 mil Capacetes Azuis e um orçamento anual de aproximadamente um bilhão de dólares.
Manifestações são regularmente organizadas na República Democrática do Congo para exigir a saída dos Capacetes Azuis.
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