Consumo de álcool pode acelerar o envelhecimento, aponta pesquisa de Oxford
O estudo genético aponta que o consumo excessivo de álcool pode impactar a saúde e o envelhecimento do organismo
11:36 | Jul. 27, 2022
Um novo estudo feito por pesquisadores do Departamento de Saúde da População da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sugere que o consumo excessivo de álcool acelera o envelhecimento biológico do corpo. A pesquisa foi publicada nesta última terça-feira, 26, na revista científica Molecular Psychiatry.
Esta foi a primeira vez que um estudo utilizou métodos confiáveis para comprovar a ligação direta do consumo de bebidas alcoólicas com o envelhecimento do organismo. Antes, somente era comprovado cientificamente que o hábito torna o corpo mais vulnerável para doenças hepáticas e cardiovasculares.
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Foram utilizados métodos de análise genética para verificar que o álcool é capaz de danificar o DNA em estruturas que são indicadoras do envelhecimento biológico, os telômeros. Os cientistas avaliaram informações de mais de 245 mil britânicos por meio do banco de dados UK Biobank.
“O telômero é responsável pela preservação e duração de vida do gene. Se esse telômero é diminuído com o tempo, você tem menos vitalidade do gene", explicou o presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) em entrevista à Molecular Psychiatry.
Ele aponta que o o consumo de álcool influencia na redução do telômero, podendo causar prejuízos a longo prazo. "A capacidade de afetar o gene aumenta de acordo com o excesso e afeta a expectativa de vida da pessoa”, destaca.
Essa pesquisa foi a primeira a utilizar uma técnica de análise genética chamada de randomização mendeliana (RM), método inovador que permite estudos mais eficientes sobre os organismos.