Organizações pedem libertação de jornalista congolês detido em Kinshasa
Organizações congolesas e americanas pediram a "libertação incondicional" de um jornalista congolês detido há oito dias em Kinshasa, a capital da República Democrática do Congo, segundo os comunicados de imprensa consultados pela AFP nesta quinta-feira (21).
O jornalista congolês, Joseph Kazadi, e seu colega americano Nicolas Stavros Niarchos foram detidos em 13 de julho em Lubumbasi (sudeste), e levados a Kinshasa pelo serviço de segurança, conhecido pela sigla ANR, que os acusa de fazer contato, sem autorização, com grupos armados na região.
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O jornalista americano foi liberado após pressão do consulado dos Estados Unidos em Kinshasa, e deixou o país africano na terça-feira.
A União Nacional de Imprensa do Congo/Katanga pediu ao chefe do ANR "a libertação incondicional do jornalista congolês Joseph Kazadi, como foi feito com o americano Nicolas Niarchos, já que os direitos humanos são os mesmos para todos os povos do mundo", escreveu a organização em comunicado.
"As autoridades da RD do Congo devem libertar imediatamente o jornalista congolês Joseph Kazadi", declarou Angela Quintal, coordenadora do programa para a África do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York.
"A detenção deste jornalista congolês é completamente arbitrária e cruel após a libertação de seu colega americano", afirmou Arnaud Froger, responsável do departamento para a África da Repórteres Sem Fronteiras (RSF)
Nicolas Niarchos, de 33 anos, trabalha para os veículos americanos The Nation e The New York Times.
O congolês Joseph Kazadi, 43 anos, trabalha no jornal local Le Leader e acompanhava Niarchos na região sudeste do país, conhecida por suas minas.
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