Cidade indiana tem toque de recolher após assassinato de caráter religioso

Centenas de policiais foram enviados nesta quarta-feira (29) para Udaipur, uma cidade no oeste da Índia, após o sangrento assassinato de um comerciante hindu. Os supostos assassinos são dois muçulmanos que agiram em retaliação a comentários polêmicos de um membro do partido no poder sobre o Islã.

O assassinato foi filmado e as imagens tornaram-se rapidamente virais na internet, aumentando o medo das comuns violências inter-religiosas na Índia.

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O vídeo mostra o ataque contra o comerciante Kanhaiya Lal em sua loja, onde os suspeitos do assassinato parecem tentar decapitá-lo. Logo em seguida, levantam a faca e ameaçam matar o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

O assassinato foi justificado pelo apoio que a vítima havia dado às recentes declarações sobre Maomé, o profeta do Islã, feitas por um porta-voz do partido nacionalista hindu no poder, o Partido do Povo Indiano (BJP), movimento de Modi.

Centenas de pessoas se reuniram nesta quarta na casa de Kanhaiya Lal para seu funeral, e logo seguiram com o transporte do caixão no carro fúnebre. No dia anterior, diversas pessoas pediram pena de morte para os assassinos.

Os dois jovens acusados foram detidos na terça-feira (28) enquanto tentavam fugir de Udaipur em uma motocicleta, segundo a mídia local.

Para prevenir eventual violência, aproximadamente 600 policiais adicionais foram mobilizados na cidade de 450 mil habitantes. A internet móvel foi cortada em Udaipur e em outras partes do estado de Rajastão, cujas autoridades decretaram proibição de um mês para reuniões com mais de três pessoas.

Na Índia, é comum acontecer embates entre a maioria hindu e a minoria muçulmana, que representa 14% da população de 1,4 bilhão de habitantes do país.

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