Mais de dois milhões de refugiados deverão ser realocados em 2023, segundo ACNUR
Mais de dois milhões de refugiados impedidos de voltar para casa ou permanecer no seu país de acolhimento por insegurança ou falta de espaço deverão ser realocados em 2023. A informação, fornecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi divulgada nesta terça-feira.
A porta-voz da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) Shabia Mantoo atribuiu "às consequências humanitárias da pandemia e o surgimento de novas situações de deslocamento ao longo do ano" como justificativa da alta.
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O número representa um aumento de 36% em relação a 2022, quando 1,47 milhão de pessoas estiveram na mesma situação, indicou a porta-voz.
Cerca de 777.800 dos refugiados são da Síria, sendo o país com mais transferências pelo sétimo ano consecutivo. Em segundo lugar na lista de refugiados em busca de outro país de acolhimento está o Afeganistão, com cerca de 274.000, seguido da República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Mianmar.
A "realocação" consiste em transferir os refugiados do país de asilo para um outro Estado que os acolha e ofereça residencia permanente.
Em 2020, o fechamento das fronteiras e as restrições de viagens devido a pandemia implicou em uma suspensão temporária das transferências para os países de acolhimento, os processos foram reduzidos para o mínimo e só foram feitas 22.800 saídas.