Duque irá garantir transição 'pacífica' para governo de esquerda inédito na Colômbia

O presidente conservador Iván Duque afirmou, nesta segunda-feira (20), que irá garantir uma transição "pacífica" e "transparente" com o primeiro governo de esquerda na Colômbia, após a vitória do senador e ex-guerrilheiro Gustavo Petro nas eleições de domingo.

"Todo o nosso apoio para garantir uma transição transparente, eficaz, harmônica e pacífica pelo bem da Colômbia", disse o presidente em uma intervenção virtual no XV Fórum Atlântico, que acontece na Casa América de Madri, na Espanha.

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Na véspera, Petro (62 anos) foi eleito presidente em um segundo turno contra o 'outsider' milionário Rodolfo Hernández (77), com uma diferença de 700.601 votos.

Diante da polarização do país, de 50 milhões de habitantes, o esquerdista prometeu durante seu discurso de vitória um "grande acordo nacional" sem vingança, onde se encaixem essas "duas Colômbias".

"A primeira coisa que deve ser reconhecida para defender a democracia é quando há um pronunciamento popular. Claramente os colombianos elegeram um novo presidente ontem", disse Duque no bate-papo virtual com o escritor hispano-peruano Mario Vargas Llosa.

O nobel de literatura havia perguntado sobre a vitória de Petro, depois de expressar seu desejo de que esta eleição seja "apenas um acidente corrigível".

"Que esses elementos centrais da Constituição sejam salvaguardados, protegidos e, para isso, a sociedade, o setor privado e todos os cidadãos estaremos sempre sendo exigentes", respondeu o presidente colombiano.

Opositor ferrenho do impopular governo de Duque, Petro enfrenta os temores das elites que tradicionalmente governam o país, que temem que uma bateria de reformas possa afetar a propriedade privada e levar o país a um socialismo fracassado.

Com promessas de fortalecer o Estado, aumentar impostos sobre os ricos e suspender a exploração de petróleo diante da crise climática, conquistou o apoio dos jovens - protagonistas de protestos massivos nos últimos três amos - e dos setores mais vulneráveis.

A partir de 7 de agosto, Petro terá que responder aos desafios de um país em crise, empobrecido pela pandemia, com a maior produção de cocaína do mundo e castigado pelo ressurgimento da violência que se seguiu ao acordo de paz assinado em 2016 com a ex-guerrilha das FARC.

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