Suíça se recusa a mandar armas para a Ucrânia
A Suíça insistiu nesta sexta-feira (3) que não permitirá que material de guerra suíço seja enviado para a Ucrânia por meio de países terceiros, de acordo com sua política histórica de neutralidade.
No entanto, o governo decidiu que ainda será possível entregar material de guerra na forma de peças de montagem ou componentes individuais para empresas de armas europeias, mesmo que o material bélico produzido provavelmente seja enviado para a Ucrânia.
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A Suíça recebeu pedidos da Alemanha e da Dinamarca para enviar material de guerra para a Ucrânia, disse o Executivo suíço em comunicado.
De acordo com a Lei de Material de Guerra da Suíça, as solicitações de exportação não podem ser aprovadas se o país receptor estiver em um conflito armado internacional.
"Uma vez que as exportações de material de guerra da Suíça para a Ucrânia não podem ser autorizadas com base na igualdade de tratamento sob a lei da neutralidade (...), não é possível responder favoravelmente aos pedidos da Alemanha e da Dinamarca para a transferência de material de guerra para a Ucrânia", informou o Conselho Federal.
O governo também decidiu nesta sexta-feira sobre dois pedidos de empresas suíças para exportar peças e pacotes de montagem para empresas de defesa nas vizinhas Alemanha e Itália.
"Existe o risco de que alguns dos componentes sejam incorporados ao material de guerra no exterior que possa então ir para a Ucrânia", disse o governo.
"As entregas de material de guerra sob a forma de peças de reposição e pacotes de montagem são, em princípio, permitidas, desde que a sua participação no produto final seja inferior" a 50% para países como Itália e Alemanha, lembrou.
"O Conselho Federal decidiu manter essa prática. As exportações desse tipo são compatíveis com a lei de neutralidade", concluiu.
A Suíça deu uma virada inesperada em sua tradicional política de neutralidade nos primeiros dias da invasão da Ucrânia pela Rússia, adotando as sanções econômicas e financeiras da União Europeia contra Moscou.
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