Elon Musk chegou ao Brasil e se reunirá com Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro se reunirá, nesta sexta-feira (20), com o bilionário Elon Musk, confirmou um ministro, no momento em que o governo negocia com o empresário um projeto para levar internet à floresta amazônica.
"A convite do ministro das Comunicações, Fábio Faria, o empresário @elonmusk chega ao Brasil nessa sexta-feira para tratar com o governo brasileiro sobre Conectividade e Proteção da Amazônia", escreveu o ministro no Twitter.
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O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, informou no Twitter que o magnata "já está no Brasil".
Na quinta-feira à noite, em sua transmissão semanal nas redes sociais, Bolsonaro indicou que havia planejado um encontro "reservado" em São Paulo "com uma pessoa muito importante, que é reconhecida no mundo todo e vem para cá oferecer ajuda à nossa Amazônia.
Ele não citou diretamente Musk, cujo plano para comprar o Twitter monopoliza a atenção mundial.
Embora o governo não tenha confirmado o local da reunião, vários jornalistas aguardavam do lado de fora do hotel Fasano Boa Vista, no município de Porto Feliz, interior de São Paulo, protegido por várias viaturas da polícia, segundo apurou a AFP.
O governo brasileiro anunciou em novembro que estava negociando um acordo para que a Space X proporcionasse internet via satélite na Floresta Amazônica e ajudasse a detectar o desmatamento ilegal.
Na ocasião, o ministro Fábio Faria se reuniu com Musk no Texas, Estados Unidos, e anunciou com uma foto no Twitter que o empresário estaria "em breve" no Brasil.
CEO da SpaceX e da Tesla, Musk é atualmente a pessoa mais rica do mundo, segundo a revista "Forbes", com uma fortuna estimada em US$ 220 bilhões.
O bilionário anunciou no mês passado seu projeto de compra do Twitter, por 44 bilhões de dólares.
O anúncio da oferta - por enquanto suspensa - foi comemorado com euforia por Bolsonaro e seus seguidores, que aspiram a um menor controle das redes sociais antes das eleições de outubro, quando o presidente buscará um segundo mandato.
Devido à atual política do Twitter, várias postagens de Bolsonaro foram removidas da rede por "desinformação".
Musk disse que sua proposta de compra é motivada pelo desejo de garantir a liberdade de expressão na plataforma e se declarou a favor do fim do veto contra o ex-presidente Donald Trump, imposto após o ataque ao Capitólio em janeiro de 2021.
A oferta de Musk, no entanto, está suspensa até que o empresário obtenha garantias sobre o número estimado de contas falsas na plataforma, conhecidas como "bots", das quais disse que quer se livrar se assumir o controle da plataforma.
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