É a terceira vez consecutiva sob Bolsonaro que Brasil deixa de ser convidado para reunião de cúpula do G7, que desta vez ocorre na Alemanha. Líderes África do Sul, Senegal e Indonésia receberam convites.O Brasil, mais uma vez, deixou de ser convidado para participar da reunião anual dos países do G7, que será presidida este ano pela Alemanha. Berlim confirmou nesta segunda-feira (02/05) o convite a algumas nações que não integram o grupo para comparecerem ao encontro, que ocorrerá entre os dias 26 e 28 de junho. Os líderes da África do Sul, Senegal e Indonésia devem se juntar aos chefes de governo dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Japão e Canadá, além da Alemanha e da União Europeia. O G7 tem por hábito convidar países considerados relevantes para o momento atual. Esta é a terceira vez consecutiva em que o Brasil fica de fora do encontro. Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro tinha esperanças de ser chamado para a reunião, quando o grupo era presidido pelos Estados Unidos durante o governo de seu aliado, Donald Trump. O encontro, porém, acabou sendo adiado em razão da pandemia de covid-19. Última chance para Bolsonaro? Na reunião do ano passado, no Reino Unido, foram convidados os governos da Austrália, Índia, Coreia e do Sul e África do Sul. Em 2019, o presidente francês, Emmanuel Macron, também não incluiu o Brasil, apesar de o país ter sido um dos temas do encontro. Na ocasião, o G7 anunciou uma ajuda emergencial para combater as queimadas na Amazônia. Brasil e França viviam uma forte tensão diplomática, após Macron criticar a falta de ação do governo Bolsonaro em proteger o bioma. Em fevereiro deste ano, logo após a Rússia invadir a Ucrânia, os países do G7 pressionaram o Brasil para que o país adotasse uma posição clara em relação ao conflito, iniciado semanas após Bolsonaro se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou. Esta pode ter sido a última chance para Bolsonaro participar da cúpula, caso não seja reeleito nas próximas eleições. Sob o lema "Progresso na direção de um mundo equitativo", a edição de 2022 do encontro, que ocorrerá em um castelo na região de Garmisch-Partenkirchen, no sul da Alemanha, deverá ser dominada pela guerra na Ucrânia. Também estão na pauta questões envolvendo as mudanças climáticas e sustentabilidade. rc (ots)