Desemprego no Brasil se mantém estável no 1º trimestre, em 11,1%
O desemprego no Brasil permaneceu estável no primeiro trimestre do ano, em 11,1%, o que afeta 11,9 milhões de pessoas - informam dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (29).
Estimada em 95,3 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população com emprego retrocedeu 0,5% em relação aos últimos três meses de 2021, com um total de 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho.
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Os indicadores reforçam uma melhora em relação a 2021, ano fortemente impactado pela pandemia da covid-19. No mesmo trimestre do ano passado, entre janeiro e março, a taxa de desocupação foi de 14,9%.
Segundo a coordenadora do IBGE, Adriana Beringuy, a estabilidade na taxa de desemprego se explica pelo não crescimento na busca de trabalho.
"Se olharmos a desocupação em retrospecto, pela série histórica da pesquisa, podemos notar que, no primeiro trimestre, essa população costuma aumentar, devido às demissões que acontecem no início do ano. O trimestre encerrado em março saiu desses padrões", disse Beringuy, em um comunicado.
A taxa de desocupação é a menor para um primeiro trimestre desde 2016, quando registrou o mesmo percentual.
O emprego informal caiu, por sua vez, 0,6% em relação ao último trimestre de 2021, o que afeta a 38,2 milhões de trabalhadores.
O salário médio dos trabalhadores cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior, o que marca a primeira alta desde o segundo trimestre do ano passado. Segundo o IBGE, o salário médio foi de R$ 2.548 reais.
"De maneira geral, quando a participação dos trabalhadores formais aumenta, o rendimento médio da população com emprego tende a crescer", explicou Beringuy.
A recuperação é insuficiente, porém, para compensar a perda de 8,7% em relação ao mesmo trimestre em 2021.
Além disso, a maior economia latino-americana registra seu índice de inflação mais alto desde 2015, com +10,06% em 2021, o que afeta o poder aquisitivo da população, especialmente da faixa mais pobre.
Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,6%, após uma queda de 3,9% em 2020, devido ao impacto mais severo da pandemia da covid-19. Para 2022, instituições do mercado financeiro brasileiro projetam um crescimento econômico de 0,65%.