Turquia: centenas se manifestam em defesa de associação dos direitos da mulher

Centenas de pessoas se manifestaram, neste sábado (16), em diversas cidades da Turquia contra a possível dissolução no país de uma das maiores associações de defesa dos direitos da mulher.

"Não é possível interromper nossa luta. Não permitiremos o fechamento de nossa associação", declarou à AFP a secretária-geral da plataforma We Will Stop Feminicide ("Vamos Acabar com o Feminicídio", em tradução livre do inglês), Fidan Ataselim.

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Um promotor de Istambul abriu na quarta-feira um processo para dissolver a associação por "atividades" contrárias à lei e à moral. A primeira audiência acontecerá em 1º de junho.

O processo foi motivado por denúncias que acusam os membros da associação de "destruir a família com o pretexto de defender os direitos das mulheres", após a publicação de relatórios sobre feminicídios.

Entre outras coisas, a associação organizou diversas manifestações para que a Turquia continuasse sendo parte do Convênio de Istambul, um tratado internacional que estabelece normas para combater a violência de gênero.

A Turquia se retirou do convênio em 2021, com a justificativa de que o mesmo fomentava a homossexualidade e ameaçava a estrutura familiar tradicional.

"Não persigam as mulheres, persigam os assassinos", exclamavam em coro centenas de manifestantes em Istambul neste sábado. Compareceram à mobilização representantes dos partidos de oposição, assim como familiares de mulheres vítimas de feminicídio, conforme constatou um correspondente da AFP no local.

"Este não é um julgamento apenas contra nós, mas contra todo o movimento de mulheres na Turquia. Continuaremos nossa luta", declarou Rukiye Leyla Suren, advogada da associação.

vid-bg/fio/sag/dga/rpr

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justiça Turquia Mulheres femincídio

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