Empresa de vaporizadores Juul concorda em pagar US$ 22,5 milhões por processo nos EUA
A empresa de vaporizadores Juul concordou em pagar US$ 22,5 milhões em um processo nos Estados Unidos, após ser acusada de concentrar seu marketing em adolescentes e mentir sobre o quão viciantes seus produtos são, informou o procurador-geral do estado de Washington nesta quarta-feira (13).
A empresa, cuja extensa gama de sabores exóticos para vaporizadores a tornaram sinônimo dos cigarros eletrônicos naquele país, não admitiu uma prática prejudicial, mas concordou em controlar sua publicidade.
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No processo, a empresa concordou em retirar comerciais voltados ao público jovem, inclusive das redes sociais. O que também implica garantir que as lojas desse estado não vendam seus produtos a menores.
"A Juul coloca os lucros à frente das pessoas", acusou o procurador-geral Bob Ferguson, que entrou com o processo em 2020.
"A empresa alimentou um aumento impressionante do 'vaping' entre adolescente. A Juul reverteu décadas de progresso na luta contra o vício em nicotina."
"A decisão de hoje força a Juul a entregar dezenas de milhões de dólares de seus lucros e limpar suas ações implementando uma série de reformas corporativas", continuou Ferguson.
Um porta-voz da Juul disse à AFP que "este acordo é mais um passo nos esforços contínuos para restabelecer nossos negócios e corrigir problemas passados. Apoiamos o plano do Procurador-Geral do Estado de Washington de implantar recursos para lidar com o consumo entre menores de idade, bem como seu monitoramento e fortalecimento no futuro".
"Os termos deste acordo são consistentes com nossas práticas comerciais atuais e com acordos anteriores para ajudar a combater o consumo entre menores de idade, ao mesmo tempo em que oferece aos fumantes adultos acesso aos nossos produtos como forma de se livrar dos cigarros tradicionais", completou o porta-voz.
Os vaporizadores aquecem um cartucho de líquido que contém nicotina e outras toxinas em um aerossol. Os usuários inalam o vapor resultante imitando o consumo de cigarros convencionais.
O processo alegava que a Juul "inundou as mídias sociais com anúncios coloridos apresentando modelos de aparência jovem em poses divertidas" que se assemelhavam a muitas das campanhas da "grandes empresas de tabaco".
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