Bolsonaro minimiza importância de compra de Viagra para militares
O presidente Jair Bolsonaro minimizou, nesta quarta-feira (13), a importância da aquisição de cerca de "50.000 comprimidos" de Viagra para as Forças Armadas, uma medida que causou polêmica na última segunda, após a denúncia de um deputado.
"Foram trinta e poucos mil comprimidos para o Exército, 10 mil para a Marinha e eu não peguei da Aeronáutica, mas deve perfazer o valor de 50 mil comprimidos. Com todo o respeito, isso é nada", disse Bolsonaro no Palácio da Alvorada, ao se referir à polêmica aquisição do medicamento que contém sildenafil, o componente básico utilizado para tratar a disfunção erétil.
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O presidente assinalou que é insignificante a "quantidade para o efetivo das três Forças, obviamente, muito mais usado pelos inativos e pensionistas".
Em linha com a justificativa do Ministério da Defesa, Bolsonaro argumentou que "as Forças Armadas compram o Viagra para combater a hipertensão arterial e, também, as doenças reumatológicas".
Na segunda-feira, o deputado Elias Vaz (PSB/GO) revelou a aprovação da compra de 35.000 comprimidos com sildenafil para as Forças Armadas, sem a menção do nome comercial Viagra. O parlamentar obteve essa informação a partir de uma solicitação no Portal da Transparência Governo Federal.
No mesmo dia, em meio a uma enxurrada de piadas nas redes sociais, o Ministério da Defesa assinalou que essas aquisições estavam destinadas "ao tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar", dado que o medicamento permite dilatar também os vasos dos pulmões.
Vaz acrescentou na terça-feira um novo tempero ao escândalo, ao identificar "um gasto milionário" em próteses penianas para o exército, com informação da mesma fonte.
Segundo Vaz, o governo gastou cerca de 3,5 milhões de reais em 60 próteses de silicone, de entre 10 e 25 centímetros.
Até o momento, não houve explicações oficiais detalhadas sobre esta compra.
Bolsonaro também criticou a cobertura midiática do assunto: "A gente apanha todo dia de uma imprensa que tem muita má fé e é ignorante também no assunto", assinalou.
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