Encomenda de Viagra para o exército dá o que falar no Brasil
O exército brasileiro deu o que falar nesta segunda-feira (11), depois que um deputado revelou a compra de 35.000 comprimidos de Viagra, gerando uma onda de comentários sarcásticos nas redes sociais.
"Os hospitais sofrem com a falta de medicamentos e Bolsonaro e sua turma usam dinheiro público para comprar o 'azulzinho'", tuitou o deputado Elias Vaz (PSB-GO), que disse ter pedido uma explicação ao Ministério da Defesa sobre esse gasto "imoral".
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O Parlamentar disse que conseguiu essa informação no Portal da Transparência Governamental, que permite acessar os dados dos gastos públicos mediante solicitação.
Segundo Vaz, os documentos não mencionam o nome Viagra, mas mostram a aprovação para a compra de milhares de comprimidos que contêm "sildenafila", molécula do famoso remédio usado para tratar a disfunção erétil.
O Ministério da Defesa explicou em nota à imprensa enviada à AFP que "a aquisição de sildenafila visa o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar", visto que medicamentos como o Viagra também permitem dilatar os vasos dos pulmões.
Esta justificativa não impediu que os internautas fizessem piadas nas redes sociais, alguns evocando em particular a memória da "dita-dura" militar, em que generais ocuparam o poder entre 1964 e 1985.
"Há quem diga que as pílulas são para ajudar as Forças Armadas a f**** a Democracia com mais força do que têm feito ultimamente", ironizou o blog de sátira Sensacionalista.
Caricaturas também mostravam tanques com o canhão voltado para baixo.
Em tom mais sério, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) lembrou que o governo do presidente Jair Bolsonaro aprovou esta norma enquanto vetou "a distribuição de absorventes para mulheres pobres", antes de voltar atrás e aprová-la.
Freixo disse nesta segunda que se apresentaria ao Ministério Público Federal para que seja investigado, ainda, a possível compra superfaturada dos 35.000 comprimidos.
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