Procuradora-geral de Nova York buscar declarar Trump em desacato por investigação de fraude
A procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, pediu nesta quinta-feira a um juiz que declare o ex-presidente Donald Trump em desacato por não ter entregue documentos relacionados à sua investigação sobre uma possível fraude nos negócios da família Trump.
Desde 2019, Letitia conduz uma investigação civil sobre o ex-presidente e a Organização Trump, e tentou interrogar o ex-presidente durante meses.
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Em fevereiro, um juiz ordenou que Trump e seus filhos, Donald Jr. e Ivanka, fossem submetidos a um interrogatório sob juramento, ordem que está sob apelação. Também ordenou-se que Trump entregasse uma série de documentos contábeis e fiscais da Organização, o que não fez até agora, apesar de seus advogados terem dito que o faria.
"Trump viola a ordem do tribunal de nos entregar esses documentos até 31 de março", assinalou o escritório de Letitia. Em memorando apresentado ao tribunal supremo do estado, ela argumenta que o ex-presidente deveria ser declarado em desacato civil por essa violação.
"Em vez de obedecer a uma ordem judicial, o senhor Trump tenta se esquivar da mesma. Buscamos a intervenção imediata do tribunal, porque ninguém está acima da lei", disse Letitia. A procuradora-geral busca a imposição de uma multa de US$ 10.000 por dia em que Trump não apresentar os documentos em questão.
Em janeiro, Letitia disse que sua investigação havia descoberto evidências que sugeriam a avaliação fraudulenta de vários ativos e a deturpação desses valores para obter ganhos financeiros. Entre os ativos listados estava uma cobertura na Trump Tower, em Manhattan, que o ex-presidente declarava que tinha um tamanho três vezes superior à sua superfície real, superestimando seu valor em US$ 200 milhões.
Os Trump afirmaram que Letitia, que foi eleita para o cargo e é membro do Partido Democrata, conduz uma investigação com motivação política.
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