Cinco momentos inesquecíveis do Oscar antes do tapa

Entre risadas, emoções e nervosismo, estes são alguns dos momentos inesquecíveis que marcaram quase um século dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

O tapa que Will Smith deu em Chris Rock na cerimônia do Oscar de domingo deixou o mundo todo boquiaberto e entrará para a história de Hollywood. Mas não é a primeira vez que as estrelas de cinema surpreendem o público em sua maior noite do ano.

Entre risadas, emoções e nervosismo, estes são alguns dos momentos inesquecíveis que marcaram quase um século dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

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O momento mais impactante da história recente do Oscar aconteceu, sem dúvida, em 2017, quando a principal estatueta da noite, a de melhor filme, foi por alguns minutos para o musical "La La Land", apesar do verdadeiro vencedor ser o drama "Moonlight".

A confusão se deu porque a firma de auditoria PricewaterhouseCoopers entregou aos apresentadores da categoria, Warren Beatty e Faye Dunaway, um envelope errado.

Ao receberem uma cópia do envelope da categoria anterior, de melhor atriz, que Emma Stone havia vencido por "La La Land", os atores veteranos ficaram confusos e Dunaway acabou anunciando o musical.

"Foi um fiasco doloroso", escreveu depois o crítico Jeff Jenson, da Entertainment Weekly, sobre o erro mais grave da história do Oscar. "Sentia vergonha por Dunaway e Beatty, que claramente sabiam que havia algo de errado, mas não sabiam como agir", acrescentou.

 

Em março de 1973, o lendário Marlon Brando ganhou o prêmio de melhor ator por seu trabalho em "O Poderoso Chefão", em uma disputa contra uma brilhante lista formada por Michael Caine, Peter O'Toole, Laurence Olivier e Paul Winfield.

Brando, porém, decidiu não participar da cerimônia e mandou em seu lugar a atriz e ativista indígena Sacheen Littlefeather, que subiu ao palco após a vitória do ator ser anunciada.

Porém, quando o ator Roger Moore tentou entregar a ela a estatueta dourada, a jovem recusou e ele e a outra apresentadora, Liv Ullmann, deram um passo atrás quando Littlefeather começou a discursar.

Diante de um público atônito, a atriz apache afirmou que Brando "lamentavelmente não poderia aceitar este generoso prêmio" em protesto contra o tratamento que a indústria cinematográfica destinava aos nativo-americanos.

Suas palavras provocaram aplausos, gritos e algumas vaias entre a plateia.

 

Na história do Oscar houve vários empates, mas um dos de maior destaque ocorreu em 1969, quando Barbra Streisand e Katharine Hepburn ganharam juntas o prêmio de melhor atriz.

"O vencedor é... É um empate!", exclamou Ingrid Bergman, que apresentava a categoria.

Streisand conquistou assim seu primeiro Oscar, por seu papel como Fanny Brice em "Funny Girl: A Garota Genial", enquanto Hepburn - que com quatro estatuetas tem o recorde entre todos os atores - venceu por "O Leão no Inverno".

Apenas Streisand, porém, compareceu à cerimônia.

 

Atores e cineastas costumam ficar muito emocionados quando conseguem entrar no seleto clube de ganhadores do Oscar, mas Adrien Brody levou essa paixão longe demais em 2003.

Ao subir ao palco para receber seu prêmio de melhor ator pelo comovente "O Pianista" das mãos da vencedora do ano anterior, Halle Berry, Brody surpreendeu o público - e a própria Berry - com um breve e apaixonado beijo na boca.

"Não foi planejado. Não sabia de nada", contou a atriz em uma entrevista de 2017, explicando que foi pega desprevenida e apenas o acompanhou.

Brody, por sua vez, afirmou em 2015 que "o tempo desacelerou" naquele momento e que sua ação quase o custou a oportunidade de fazer seu discurso.

"Quando acabei de beijá-la, já estavam mostrando a mensagem que dizia 'saia do palco, seu tempo acabou'", lembrou em uma entrevista durante o Festival de Cinema de Toronto.

 

 

Há 60 anos, a porto-riquenha Rita Moreno venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante por sua interpretação da destemida Anita na versão original de "Amor, Sublime Amor". Neste domingo, Ariana DeBose fez história ao conquistar a estatueta pelo mesmo papel.

Esse prêmio da Academia, o primeiro para uma mulher latina, foi o primeiro passo de Moreno em seu caminho ao status de EGOT, o seleto grupo de 16 artistas que já receberam um Emmy, um Grammy, um Oscar e um Tony.

DeBose era a favorita e conseguiu, de fato, levar o prêmio pela versão de Steven Spielberg do clássico musical.

"Você, Anita, abriu o caminho para muitas Anitas como eu", disse DeBose a Moreno. A jovem atriz celebrou sua vitória como "uma mulher de cor abertamente queer e afrolatina".

 

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