Seis momentos para ficar de olho no Oscar
A cerimônia do Oscar deste domingo trará uma disputa acirrada na categoria de melhor filme, tem vários recordes em jogo e inclui algumas mudanças polêmicas, que visam a reconquistar o público da TV.
Seguem abaixo seis momentos para ficar de olho durante a cerimônia:
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- Ucrânia -
O equilíbrio delicado de introduzir a guerra na Ucrânia em uma cerimônia onde milionários se presenteiam com estatuetas douradas foi difícil de atingir para os produtores da cerimônia.
A apresentadora Amy Schumer propôs que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ex-ator, discursasse na cerimônia. Mas o produtor Will Packer preferiu não comentar o assunto quando ao ser questionado em entrevista coletiva, enquanto Wanda Sykes, outra das anfitriãs da noite, ironizou: "Ele não está ocupado agora?"
A cerimônia irá mencionar a Ucrânia de forma "orgânica" e "respeitosa", disse Wanda. Espera-se que os vencedores da noite também mencionem a invasão russa em seus discursos.
- Oscar real x Oscars do Twitter -
Os produtores do Oscar incorporaram este ano dois prêmios, para dar aos fãs do cinema espaço para escolherem seu filme favorito e o "momento mais feliz" de um filme.
Embora não se trate de um prêmio formal da Academia, o "favorito dos fãs" gerou polêmica. Algumas vozes reclamaram que os prêmios "reais" estão sendo forçados a ceder espaço para os "Oscars do Twitter".
Como os prêmios dos fãs serão entregues e qual será a receptividade do mesmos ainda não se sabe. Mas em ocasiões anteriores, Will Packer disse que a maior noite do cinema parece um clube muito reservado. "Às vezes, a cerimônia é vista como 'somos apenas nós, apenas Hollywood. Ninguém mais foi convidado'", comentou.
- Clássicos de aniversário -
A 94ª edição do Oscar não irá homenagear apenas as produções indicadas este ano, mas também clássicos atemporais, como "O Poderoso Chefão", que completou 50 anos nesta semana.
"Teremos o clássico de Francis Ford Coppola. Iremos homenageá-lo. Teremos algumas surpresas com isso", disse o produtor Will Packer, que também deu a entender que a cerimônia incluiria os "60 anos de 'James Bond'".
- O poder das mulheres -
A diretora de "Ataque dos Cães", Jane Campion, disse recentemente que era hora de "reivindicar uma sensação de triunfo", ao abrir caminho em Hollywood para as mulheres. A cerimônia de hoje pode reforçar esse argumento.
Jane, uma das favoritas da noite, pode se tornar a terceira diretora vitoriosa na história do Oscar, um ano depois de Chole Zhao se tornou a segunda, com "Nomadland".
Ainda mais impressionante é que, em quase um século de história, sua diretora de fotografia, Ari Wegner, é a segunda mulher indicada, em uma categoria dominada pelos homens.
- Bis de 'Anita' -
"Don Corleone", o patriarca de "O Poderoso Chefão", o "Coringa", arquirrival de "Batman", e "Anita", imigrante porto-riquenha de "Amor, Sublime Amor", não parecem ter nada em comum. Mas se Ariana DeBose ganhar o Oscar de melhor atriz coadjuvante neste domingo, como esperado, será outro raro momento em que dois intérpretes levam para casa uma estatueta dourada por encarnarem o mesmo personagem.
- Sucesso de 'Bruno' -
Lin-Manuel Miranda disputa o Oscar de melhor canção com "Duas Lagartinhas", que será interpretada pelo colombiano Sebastián Yatra na cerimônia. Mas depois de viralizar nas redes sociais, "We Don't Talk About Bruno", também composta para a trilha sonora do filme de animação da Disney "Encanto", será interpretada pela primeira vez pelo elenco do filme ao vivo.
"Se há uma canção que une as pessoas neste ano, é o tipo de coisa que os filmes podem conseguir", disse Will Packer, lembrando que a música foi cantada sem parar em todo o mundo. "Iremos ajudá-los a cantá-la um pouco mais. Desde já, pedimos desculpas aos pais", brincou.
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