AIE inclui a neutralidade de carbono em sua missão
18:16 | Mar. 24, 2022
A Agência Internacional de Energia (AIE), cujo objetivo original consiste em garantir a segurança energética, ampliou nesta quinta-feira (24) sua missão e passou a incluir a busca pela neutralidade de carbono para enfrentar as mudanças climáticas.
"Além de garantir a segurança energética global, a AIE tem um novo princípio orientador: apoiar os esforços nacionais para levar o setor de energia a zero emissões líquidas antes de meados do século", disseram os ministros da Energia em comunicado de 31 países, a maioria desenvolvidos.
A nova missão da AIE inclui o monitoramento do uso de recursos metálicos e minerais, essenciais para a fabricação de equipamentos energéticos sem emissões de carbono.
Representantes de cerca de quarenta países participaram da reunião anual da AIE em Paris na quarta e quinta-feira e expressaram preocupação com "a invasão russa da Ucrânia".
"Os países membros da AIE e da Comissão Europeia estão unidos hoje para apoiar a Ucrânia, estabilizar o mercado mundial de energia e finalmente acabar com nossa dependência de países que usam combustíveis fósseis como arma", disse a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm.
"A necessidade de acelerar uma transição equitativa para energia limpa continua sendo nossa maior prioridade e deve ser acelerada", acrescentou.
A AIE é uma ramificação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), criada em 1974 para assessorar os países ricos em questões de abastecimento de energia.
A agência já havia incorporado o tema da transição energética. Em 2021, ela pediu a desistência imediata dos projetos de exploração de energia fóssil (petróleo, gás e carvão).
A neutralidade carbônica implica não emitir mais gases de efeito estufa do que pode ser absorvido, com o objetivo de conter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC em relação à era pré-industrial.
Os membros da AIE incluem a maioria dos países europeus, além de Estados Unidos, Canadá, México e Japão. A entidade conta ainda com dez países associados, entre eles China, Índia, Brasil e África do Sul.
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