Autoridades atribuem escassez de combustíveis em Cuba a aumento da demanda
Autoridades cubanas atribuem o impacto recente na distribuição de combustíveis nos postos de gasolina do país ao aumento da demanda e ao abastecimento maior de equipamentos de geração de eletricidade, publicou nesta quarta-feira o diário oficial "Granma".
Desde o último fim de semana, motoristas de Havana e outras cidades do país enfrentam uma espera de horas nos postos de gasolina para abastecer. Segundo o Granma, a comercializadora de combustíveis, Cupet, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, informou "que a distribuição de diesel e gasolina aos postos do país foi afetada nos últimos dias devido, entre outras causas, ao aumento da demanda".
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A Cupet informou que fará "enormes esforços" para garantir o abastecimento habitual, apesar da crise econômica mundial e do aumento dos preços do petróleo, bem como da intensificação do embargo dos Estados Unidos e das dificuldades financeiras do país, acrescentou o diário.
A empresa informou ainda que, desde domingo, entrega aos postos mais combustível do que o normal, além de ter aumentado o abastecimento dos geradores elétricos para reduzir os danos a uma importante central termoelétrica do país. Avarias recentes em centrais elétricas de Cuba aumentaram o uso de geradores, que são grandes consumidores de diesel.
Para Jorge Piñon, especialista cubano em política energética da Universidade do Texas, "uma série de eventos culmina na situação atual", incluindo a queda da produção nacional de petróleo (-20% desde 2010).
A Venezuela, fornecedora de petróleo bruto a Cuba e a quem a ilha paga com o envio de médicos, mostra-se menos generosa há alguns anos. Segundo Piñón, a oferta de petróleo bruto e combustíveis da Venezuela passou de 100.000 barris por dia em 2016 "para uma média, no ano passado (2021), de 56.000 barris diários".
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