Primeira votação no Congresso dos EUA para revogar status comercial da Rússia
A Câmara Baixa do Congresso dos Estados Unidos votou nesta quinta-feira (17) para revogar o status comercial da Rússia em resposta à invasão da Ucrânia, abrindo caminho para tarifas punitivas.
Em coordenação com seus aliados europeus, o presidente americano, Joe Biden, anunciou esta medida na sexta-feira passada para "isolar ainda mais a Rússia no cenário mundial", mas essa nova sanção deve ser aprovada pelo Congresso.
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A Câmara dos Representantes deu um primeiro passo nesse sentido na tarde de quinta-feira, com votação validada pela grande maioria dos parlamentares.
Espera-se que o Senado aprove rapidamente a iniciativa, que também se aplica a Belarus, um aliado russo. Deveria ser uma formalidade: democratas e republicanos na Câmara Alta já sinalizaram seu apoio a essa medida.
Ao privar a Rússia de sua "cláusula da nação mais favorecida", uma disposição que é a base do livre comércio global, os países ocidentais estão de fato isolando Moscou das trocas internacionais e se dando o direito de tributar pesadamente as importações de produtos russos.
No que diz respeito aos Estados Unidos, apenas dois outros países estão atualmente excluídos desse princípio de reciprocidade, que sustenta a maioria das relações comerciais internacionais: Cuba e Coreia do Norte.
No ano passado, os Estados Unidos importaram cerca de US$ 30 bilhões em produtos russos, incluindo US$ 17,5 bilhões em petróleo bruto, uma mercadoria à qual Washington acaba de impor um embargo absoluto.
O projeto de lei atualmente no Congresso também exige que os Estados Unidos solicitem a suspensão da Rússia da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Tudo isso se soma também a uma bateria de medidas adotadas pelos países ocidentais nas últimas semanas, visando cortar gradativamente os laços econômicos e financeiros do país liderado por Vladimir Putin com o resto do mundo.
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