Mais de 2.500 detenções na Rússia em protestos contra contra intervenção na Ucrânia
12:42 | Mar. 06, 2022
Mais de 2.5000 pessoas foram detidas neste domingo por participação em protestos em várias localidades da Rússia contra a intervenção militar na Ucrânia, informou a ONG OVD-Info, que monitora as manifestações no país.
De acordo com a organização, mais de 11.000 manifestantes foram detidos na Rússia desde 24 de fevereiro, quando começaram as operações militares.
Apesar das intimidações das autoridades e da ameaça de penas de prisão, protestos - limitados - foram organizados todos os dias da última semana em diversas cidades do país.
O líder opositor Alexei Navalny - que está preso - convocou os russos a sair às ruas todos os dias para pedir a paz, apesar da pressão do governo.
Em Moscou, ao menos 560 pessoas foram detidas neste domingo, informou a OVD-Info, inclujindo um diretor da ONG Mémorial, Oleg Orlov, e a conhecida ativista Svetlana Gannushkina.
A OVD-Info também relatou pelo menos 279 pessoas detidas em São Petersburgo.
Vários ativistas e ONGs publicaram vídeos nas redes sociais que mostram detenções brutais, com agressões.
De acordo com a OVD-Info, mais de 200 pessoas foram detidas nas cidades de Novosibirsk e Ekaterimburgo.
Para dissuadir qualquer crítica, as autoridades russas aprovaram uma nova lei na sexta-feira que reprime "informações falsas" sobre as atividades do exército russo na Ucrânia. De acordo com o texto, as penas variam de multa a 15 anos de prisão.
Meios de comunicação russos e estrangeiros anunciaram a suspensão das atividades na Rússia.
As pessoas que protestam contra a presença militar russa na Ucrânia estão sistematicamente expostas a multas, de acordo com um novo artigo do código administrativo que proíbe ações públicas que "desacreditem as Forças Armadas".
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