Zelensky critica negativa 'deliberada' da Otan de establecer zona de exclusão aérea
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, lamentou nesta sexta-feira (4) a decisão "deliberada" da Otan de não estabelecer uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, apesar da invasão russa da Ucrânia.
"Hoje, a liderança da Aliança (Atlântica) deu luz verde para a continuação do bombardeio de cidades ucranianas, recusando-se a estabelecer uma zona de exclusão aérea", afirmou Zelensky em um vídeo divulgado pela presidência ucraniana.
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"Apesar de saber que novos bombardeios e novas baixas são inevitáveis, a Otan decidiu deliberadamente não fechar o espaço aéreo da Ucrânia", criticou o presidente da Ucrânia.
"Entendemos que os países da Otan criaram uma história para si mesmos, segundo a qual o fechamento do espaço aéreo da Ucrânia provocaria uma agressão direta da Rússia contra a Otan", acrescentou.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, fechou a porta nesta sexta-feira ao pedido ucraniano de estabelecer uma zona de exclusão aérea.
"Os aliados concordaram que não deveríamos ter aviões sobre o espaço aéreo da Ucrânia, ou tropas da Otan no território da Ucrânia", declarou Stoltenberg ao final de uma reunião de emergência dos chanceleres da Aliança.
De acordo com Stoltenberg, "a única maneira de implementar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia" é enviando caças da Otan, que teriam que derrubar caças russos que operam na Ucrânia.
"Achamos que se fizermos isso, vamos acabar tendo algo que pode se tornar uma guerra total na Europa, engolindo muitos outros países e causando muito mais sofrimento humano", explicou.