Ministros da UE organizam resposta a onda de refugiados da Ucrânia

Os países da União Europeia (UE) começaram neste domingo a organizar a recepção a centenas de milhares de ucranianos que fogem da ofensiva iniciada pela Rússia, e discutiram a possível concessão de uma proteção temporária.

Estima-se que cerca de 300.000 ucranianos já tenham deixado aquele país, a maioria em direção à Polônia. Os Estados membros da UE discutem uma resposta coordenada ao desafio.

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Reunidos em Bruxelas, os ministros do Interior europeus exibiram uma "grande maioria" a favor da implementação de uma Diretiva de Proteção Temporária, aprovada em 2002, mas, na prática, nunca usada. Essa iniciativa contempla a concessão de uma proteção temporária a refugiados de países vizinhos da UE e sua posterior distribuição entre os membros do bloco.

Os ucranianos com passaporte biométrico podem entrar no território da UE por um período de até três meses sem visto, mas a UE quer definir uma resposta mais ampla. A comissária europeia do Interior, Ylva Johansson, afirmou que este "é o momento certo" para implementar a diretiva.

A Bélgica foi um dos países que defenderam a sua implementação imediata. Ao chegar à reunião em Bruxelas, o ministro do Interior do país, Sammy Mahdi, defendeu a aplicação da diretiva para "garantir proteção em nível europeu. Estamos em um momento histórico da UE", ressaltou.

Para que possa ser implementado, o mecanismo requer o voto de 15 dos 27 países membros e que representem pelo menos 65% da população do bloco.

Ylva Johansson explicou que, neste momento, os ucranianos que entram no território europeu abrigam-se na casa de amigos ou familiares, e que apenas um "número limitado" dessas pessoas apresenta um pedido de asilo. Ela anunciou que viajará para a fronteira entre Romênia e Ucrânia nesta segunda-feira, para verificar as principais necessidades dos refugiados.

ahg/eg/ic

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