As novas sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia

A invasão da Ucrânia iniciada na quinta-feira (24) pelo presidente russo Vladimir Putin provocou uma onda de sanções internacionais contra Moscou, especialmente por parte dos países ocidentais.

Após a reunião de cúpula de seus líderes, a União Europeia (UE) anunciou um endurecimento das sanções contra a Rússia nos setores de energia, finanças e transportes, mas sem incluir até o momento a rede bancária Swift, que permite receber ou emitir pagamentos em todo o mundo.

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Trata-se de limitar "drasticamente" o acesso da Rússia aos mercados de capitais europeus. A UE também busca reduzir o acesso do país a "tecnologias cruciais" como componentes eletrônicos e de informática.

De acordo com o rascunho do projeto obtido pela AFP, as medidas incluem o veto à exportação de tecnologia, peças e serviços de aeronáutica e aeroespaciais, assim como de equipamentos para reforma de refinarias de petróleo.

Além disso, as sanções afetam indivíduos nos círculos de poder, com o congelamento de ativos ou proibição de entrada no território da UE, que são adicionadas às aplicadas na quarta-feira contra personalidades próximas a Putin.

Belarus, acusada de envolvimento na invasão, será objeto de medidas adicionais.

O presidente Joe Biden anunciou uma série de novas sanções contra bancos, representantes da elite e estabelecimentos comerciais russos.

Quatro bancos adicionais, incluindo os dois maiores do país (Sberbank e VTB Bank), serão serão sancionados e mais da metade das importações de tecnologia da Rússia serão proibidas.

O grupo de energia Gazprom e outras grandes empresas do país não poderão obter financiamento nos mercados de crédito do Ocidente, uma medida que já era aplicada contra o governo russo.

Washington também ampliou a lista de oligarcas russos punidos e limitou as exportações para a Rússia de produtos tecnologia destinados aos setores de defesa e aeronáutica.

Além disso, o Departamento do Tesouro anunciou sanções contra 24 pessoas e organizações bielorrussas.

O Reino Unido impôs uma série de sanções contra o setor bancário, as importações de tecnologias e cinco empresários da Rússia. O país também fechou seu espaço aéreo à companhia aérea Aeroflot.

Além dos cinco bancos já afetados por sanções anunciadas na terça-feira, o gigante VTB entrou na mira e teve os ativos congelados em território britânico. As novas medidas "permitirão excluir por completo os bancos russos do setor financeiro britânico", disse o primeiro-ministro Boris Johnson.

As medidas também impedirão que empresas públicas e privadas obtenham fundos no Reino Unido e limitarão a quantidade de dinheiro que os russos podem ter em suas contas bancárias britânicas.

No total, 100 novas entidades estão no alvo das autoridades do Reino Unido.

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou nesta sexta-feira sanções contra a Rússia que incluem o "congelamento de ativos e a suspensão de vistos para pessoas e organizações russas".

Ele também anunciou medidas "sobre as exportações para organizações russas vinculadas ao exército" e sobre "bens de uso geral como os semicondutores".

O Canadá vai adotar sanções contra "58 pessoas e entidades russas", anunciou o primeiro-ministro Justin Trudeau.

Entre os afetados estão os ministros da Defesa, Finanças e Justiça, assim como o grupo de mercenários russos Wagner, considerado próximo a Putin.

O Canadá também cancelou permissões de exportação para a Rússia no valor de 700 milhões de dólares canadenses (US$ 550 milhões), principalmente de produtos dos setores aeroespacial, tecnologia da informação e mineração.

O primeiro-ministro Scott Morrison anunciou uma "segunda série" de sanções contra quatro instituições financeiras e 25 pessoas vinculadas a quatro entidades responsáveis pelo desenvolvimento e venda de equipamento militar.

Também indicou que estão previstas outras sanções, especialmente contra mais de 300 parlamentares russos que votaram a favor da "invasão ilegal da Ucrânia".

A Suíça decidiu não se alinhar com as sanções ocidentais à Rússia, mas atuará para evitar que o país seja usado por Moscou para 'driblar' as medidas punitivas que afetam o governo russo, declarou seu presidente Ignazio Cassis.

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