Jogadores brasileiros na Ucrânia gravam vídeos pedindo ajuda ao governo

Grupo relata falta de combustível e dificuldades em ter informações

09:23 | Fev. 24, 2022

Por: Redação O POVO
Grupo de jogadores de futebol brasileiros está em hotel em Kiev, capital da Ucrânia. Eles atuam em clubes ucranianos e esperam ajuda do governo brasileiro em meio a ataques da Rússia contra a Ucrânia (foto: Reprodução/ Instagram)

Cerca de 20 brasileiros estão em um hotel localizado na cidade de Kiev, capital da Ucrânia, e pedem ajuda à embaixada brasileira para deixar o país após o anúncio da invasão das tropas militares russas no início da madrugada desta quinta-feira, 24. Nas redes sociais, publicaram um vídeo explicando a situação no país:

No grupo, estão os jogadores do Shaktar Donetsk, time ucraniano que atualmente tem 12 brasileiros no elenco, e do Dynamo de Kiev, que tem dois brasileiros: Vitor Naum e Emerson Santana. No grupo que aparece no vídeo, estão também o atacante David Neres e o lateral-esquerdo Ismaily, ambos com passagens pela seleção brasileira.

"Aqui estamos todos reunidos com as nossas famílias, hospedados em um hotel", diz o zagueiro Marlon, porta-voz do grupo. Segundo ele, a falta de combustível, com a saída de milhares de moradores das áreas bombardeadas, fez com que eles ficassem presos na cidade. Além disso, as fronteiras e o espaço aéreo foram fechados. "Espero que a embaixada possa nos ajudar", pede.

"Nos sentimos realmente abandonados, porque não sabemos o que fazer. As notícias não chegam até nós, a não ser as do Brasil", desabafa uma das esposas dos jogadores. "Saímos com uma peça de roupa e não sabemos como vamos resolver a situação."

O trio de brasileiros que atua no clube ucraniano Zorya também usou as redes sociais para fazer um apelo. O clube tem raízes em Lugansk, mas não atua mais na região separatista - um dos pivôs do conflito - há anos. Eles estão na cidade de Zaporizhzhya.

"Temos as situações que as fronteiras estão fechadas, o espaço aéreo não está operando mais. Peço a ajuda de vocês para que o vídeo possa chegar nas autoridades brasileiras e na embaixada da Ucrânia também", disse o defensor Juninho.