Biden amplia sanções contra Rússia, tendo como alvos bancos e exportações ao país
Segundo Biden, o presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou "toda oferta de diálogo" para "evitar o sofrimento humano" na Ucrânia. Ao mesmo tempo, disse que as forças americanas não irão à Ucrânia para enfrentar os russos, mas estarão presentes para apoiar os aliados da Otan
16:48 | Fev. 24, 2022
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira, 24, que autorizou sanções adicionais contra a Rússia, diante da invasão de forças militares russas na Ucrânia. "Hoje, estou autorizando fortes sanções adicionais e limitações sobre o que pode ser exportado para a Rússia", afirmou Biden, enfatizando o impacto negativo que isso terá na economia do país.
LEIA MAIS: Entenda por que a Rússia decidiu invadir a Ucrânia
Biden ressaltou o fato de que faz parte de uma coalizão que, segundo ele, representa mais da metade da economia mundial. Isso "amplifica" o peso econômico da resposta. "Limitaremos a capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares, libras, euro e iene, de ser parte da economia global", afirmou o líder americano. Segundo ele, será limitada a capacidade da Rússia de competir na tecnologia avançada e também de financiar as Forças Armadas locais.
O presidente americano destacou o fato de que as sanções já impostas têm penalizado ativos russos, como o rublo e as ações locais. Ele informou que, hoje, os EUA estão bloqueando mais quatro bancos russos de operar nos EUA, entre eles o VTB. Também disse que serão incluídos nomes da elite russa e de seus familiares na lista de sanções e que nos próximos dias mais nomes devem ser acrescentados. Para ele, as sanções buscam "maximizar o impacto de longo prazo" sobre a Rússia, mas minimizar esse impacto sobre a Europa.
Leia mais
-
Entenda os limites da ONU para impedir uma invasão como a da Rússia
-
EUA sancionam entidades bielorrussas por 'apoiar' invasão russa da Ucrânia
-
Putin lança 'operação militar' na Ucrânia, com dezenas de mortos
-
Funcionários de hotel em Kiev abandonam recepção após notícia de aproximação dos russos
-
Zelensky: exigimos que Rússia seja desligada do sistema bancário global Swift
-
Rússia tem superioridade aérea total sobre Ucrânia, diz agente de Inteligência
-
Bolsonaro evita comentar conflito e diz que vai auxiliar brasileiros na Ucrânia
-
Casa Branca: Rússia será isolada do sistema financeiro e comércio global
-
EUA enviarão 7.000 soldados adicionais à Alemanha
-
EUA sancionam 24 indivíduos e entidades bielorrussas por "apoio" à invasão russa da Ucrânia (Tesouro)jul/rle/yow/ll/mvv
Segundo Biden, o presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou "toda oferta de diálogo" para "evitar o sofrimento humano" na Ucrânia. Ele disse que o líder russo acusa a Ucrânia de genocídio "sem nenhum propósito".
O presidente dos EUA também destacou passos dados para reforçar as defesas dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), sobretudo no Leste Europeu. Ao mesmo tempo, disse que as forças americanas não irão à Ucrânia para enfrentar os russos, mas estarão presentes para apoiar os aliados da Otan. "Este é um momento perigoso para toda a Europa."
Biden comentou que seu governo tem adotado medidas para conter os preços no setor de energia. Ele disse que as empresas do setor "não devem se aproveitar a situação" para elevar preços e informou que pode liberar barris adicionais de petróleo das reservas americanas, para conter os preços.
O presidente americano afirmou que os EUA estão prontos para responder a eventuais ataques cibernéticos da Rússia contra empresas americanas. Biden disse que Putin será "um pária" no cenário internacional por travar uma guerra "totalmente injustificável" e informou que não tem planos de falar com o presidente russo e que impor sanção contra ele seria uma opção. O líder americano acusou Putin de querer "restabelecer a União Soviética".
Questionado, Biden disse que retirar a Rússia do sistema bancário global Swift é uma opção no quadro atual, mas que não há consenso entre os aliados sobre o tema. De qualquer modo, ele afirmou que as sanções já impostas pelos EUA têm peso maior do que isso.
Ao ser questionado sobre a postura da China e um eventual apoio de Pequim aos EUA para pressionar a Rússia, Biden disse que ainda não era possível falar sobre essa questão.