Ex-policial acusado da morte de George Floyd nos EUA se exime de responsabilidades

Um ex-policial de Minneapolis acusado de violar os direitos civis de George Floyd depôs nesta terça-feira (15) para defender pela primeira vez sua inocência durante a prisão fatal do homem negro, cuja morte provocou protestos contra a discriminação racial nos Estados Unidos.

Tou Thao, 35, é um dos três policiais em julgamento por suas ações no assassinato de Floyd, um homem negro de 46 anos, e o primeiro a testemunhar publicamente sobre o que aconteceu em 25 de maio de 2020 naquela cidade.do estado de Minnesota (norte).

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Derek Chauvin, o ex-policial de Minneapolis de pele branca que se ajoelhou no pescoço de um algemado Floyd por quase 10 minutos até ele desmaiar e morrer, está cumprindo uma sentença de 22 anos de prisão após ser condenado por assassinato.

Enquanto Chauvin se ajoelhava no pescoço de Floyd, Thao tentava controlar os espectadores da cena, que diziam ao policial condenado que se afastasse do homem negro visivelmente em perigo.

"Eu estava controlando a multidão o tempo todo", disse Thao, que se chamou de "cone do tráfico humano" pelo papel que desempenhou na época.

De acordo com Thao, ele disse aos espectadores durante o procedimento que os policiais "não estavam tentando machucar" Floyd, mas estavam "tentando contê-lo".

Ele afirmou que achava que Floyd estava sob a influência de drogas, mas "não tinha ideia" da gravidade de sua condição até que os bombeiros chegaram ao local.

"Eu acreditava que estávamos cuidando dele", justificou, referindo-se aos outros policiais presentes.

O advogado de Thao, que é descendente de asiáticos, mostrou imagens de técnicas de contenção ensinadas no treinamento policial.

Thao admitiu que o uso do joelho como técnica de retenção "não era incomum" na força policial. "Fomos ensinados a fazer isso", garantiu.

A cena foi gravada e postada online e provocou manifestações em massa contra o racismo e a brutalidade policial nos Estados Unidos e no mundo.

A promotoria acusa Thao de "indiferença intencional" diante das necessidades médicas de Floyd, além de não ter agido para impedir o uso de "força irracional" de Chauvin contra a vítima.

O julgamento dos três policiais começará em 13 de junho. Todos se declararam inocentes.

str-cl/caw/atm/am

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