Alemanha pede à Rússia sinais imediatos de desescalada na Ucrânia
O chanceler alemão Olaf Scholz pediu nesta segunda-feira à Rússia "sinais imediatos de de desescalada" na crise com a Ucrânia, antes de viajar a Kiev e depois a Moscou, em um momento de grande tensão e no qual a diplomacia parece não apresentar resultados.
"Esperamos de Moscou sinais imediatos de desescalada (...) Uma nova agressão militar teria duras consequências para a Rússia", afirmou no Twitter.
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Scholz classificou a situação como "muito, muito grave".
Ao mesmo tempo, a Ucrânia exigiu uma reunião urgente com a Rússia e os países da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), depois de acusar Moscou de não compartilhar informações sobre seus grandes deslocamentos de tropas na fronteira ucraniana, cenário de uma grave crise entre o Ocidente e Moscou.
Em comunicado publicado na noite de domingo, o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, afirmou que a Rússia ignorou uma exigência de Kiev sobre o Documento de Viena, um texto da OSCE que promove medidas de transparência entre as Forças Armadas dos 57 países membros da organização.
"Passamos à próxima etapa. A Ucrânia convoca uma reunião com a Rússia e todos os Estados membros (da OSCE) em 48 horas para discutir a intensificação e os deslocamentos de tropas russas ao longo de nossa fronteira e na Crimeia ocupada", anunciou Kuleba.
A Rússia "deve cumprir seus compromissos de transparência militar para reduzir as tensões e fortalecer a segurança de todos os Estados participantes", acrescentou.
Desde novembro, a Rússia concentrou mais de 100.000 soldados nas fronteiras da região leste ucraniana, o que gerou preocupação no Ocidente, que teme uma nova operação militar contra a Ucrânia após a anexação da Crimeia em 2014.