Um soldado morto e três feridos em ataques contra bases do exército colombiano
14:24 | Jan. 27, 2022
Um soldado foi morto e outros três ficaram gravemente feridos em vários ataques simultâneos com explosivos nesta quinta-feira(27) contra bases militares perto da fronteira da Colômbia com a Venezuela, segundo autoridades.
O alto comando militar colombiano atribuiu a ofensiva ao Exército de Libertação Nacional (ELN), reconhecido como a última guerrilha do país.
Em uma primeira ação, o soldado Faider Martínez perdeu a vida devido aos explosivos que atingiram um posto do exército no município de Chiriguaná, no departamento de Cesar.
Pouco depois, outra base foi atacada na cidade vizinha de Aguachica. Dois soldados ficaram "consideravelmente feridos", disse o Exército em um relatório entregue à mídia.
Um terceiro ataque foi registrado no município de Ocaña, no departamento de Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela. Sete artefatos atingiram o Batalhão Santander.
Um suboficial ficou ferido e a base sofreu "alguns danos consideráveis", disse o chefe do Exército na região, general Omar Sepúlveda, à W Radio, culpando os "bandidos do ELN" pelo ataque.
O ELN afirmou no Twitter ter atacado quatro instalações militares durante as primeiras horas da manhã.
Todas as bases estão a menos de 100 quilômetros da fronteira com a Venezuela, onde, segundo o governo de Iván Duque, grupos armados colombianos se refugiam com a aprovação das autoridades venezuelanas. Caracas sempre negou as acusações.
Ambos os países romperam relações diplomáticas logo após Duque chegar ao poder na Colômbia, em agosto de 2018. A violência na zona fronteiriça deixou dezenas de mortos desde o início do ano.
Segundo o general Sepúlveda, também atuam na área dissidentes da guerrilha das Farc, que romperam com o pacto de paz assinado em 2016, e do Clan del Golfo, o principal grupo narcotraficante do país.
Essas organizações disputam as rotas do narcotráfico e do contrabando na porosa fronteira de 2.200 quilômetros.
A Colômbia vive o pior surto de violência desde o desarmamento do que já foi a guerrilha mais poderosa das Américas.
Grupos armados lutam pelo controle de regiões remotas onde as Farc costumavam operar.
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