Astrônomos encontram misterioso objeto giratório na Via Láctea
Segundo pesquisadores australianos, corpo celeste é "como nada conhecido no céu"; além do movimento giratório, objeto emite radiação eletromagnética a cada 18,18 minutos
00:48 | Jan. 27, 2022
Pesquisadores australianos descobriram um estranho objeto giratório na Via Láctea que eles dizem ser diferente de tudo que os astrônomos viram até hoje. O objeto, detectado por um estudante universitário que trabalha em sua tese, libera uma enorme quantidade de radiação eletromagnética três vezes por hora.
O pulso ocorre "a cada 18,18 minutos, como um relógio", explicou a astrofísica Natasha Hurley-Walker, que liderou a pesquisa após a descoberta do estudante, usando um poderoso telescópio no interior da Austrália. Existem outros objetos no universo que ligam e desligam, como os pulsares, mas Hurley-Walker apontou que a frequência de 18,18 minutos é algo nunca observado antes.
Encontrar este objeto foi "um pouco assustador para um astrônomo", disse a especialista, "porque não há nada conhecido no céu que faça isso". A equipe de pesquisa agora está trabalhando para entender o que representa a descoberta.
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Ao revisar anos de dados, os pesquisadores conseguiram estabelecer alguns fatos: o objeto está a cerca de 4.000 anos-luz da Terra, é incrivelmente brilhante e tem um campo magnético extremamente forte. Mas há vários mistérios a desvendar. "Se você fizer todas as contas, descobrirá que o objeto não deveria ter energia suficiente para produzir essas ondas eletromagnéticas a cada 20 minutos", disse Hurley-Walker.
Quanto a saber se o sinal eletromagnético poderoso e consistente poderia ser enviado por outra forma de vida, Hurley-Walker admitiu que "estava preocupada que fossem alienígenas". Mas a equipe de pesquisa foi capaz de observar o sinal em uma variedade de frequências. "Isso significa que deve ser um processo natural, não é um sinal artificial", explicou.
O próximo passo para os pesquisadores é procurar outros objetos desconhecidos no universo. "Mais detecções dirão aos astrônomos se este foi um evento isolado ou uma vasta nova população que não havíamos notado", concluiu Hurley-Walker.
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