Papa Francisco sugere que pais não condenem filhos devido à orientação sexual
Foi a segunda vez que o pontífice falou sobre o tema. Em outro evento, ele havia declarado que pessoas LGBTQIA+ têm o direito de serem acolhidas pelas próprias famílias
14:02 | Jan. 26, 2022
O papa Francisco pediu que pais não condenem os próprios filhos por não concordar com a orientação sexual deles. Foi a segunda vez que o pontífice falou sobre o tema, em outro evento, ele havia declarado que pessoas LGBTQIA+ têm o direito de serem acolhidas por suas famílias. O apelo ocorreu durante a audiência semanal realizada nesta quarta-feira, 26.
Com discurso moderado sobre questões LGBTQIA+, Francisco diz que jamais poderia julgar uma pessoa gay. Ao longo de seus 9 anos na liderança do Vaticano, o líder máximo da Igreja Católica Apostólica Romana se mostrou mais receptivo para receber e debater temas como minorias, como transexuais e homossexuais.
Leia mais
Na audiência desta quarta, ao falar sobre como os pais podem enfrentar os problemas decorrentes da criação de seus filhos, Francisco enfatizou a importância de "não se esconder atrás de uma atitude de condenação" quando diante da orientação sexual.
O papa defende que, mesmo a Igreja não aceitando a união entre pessoas do mesmo sexo, é necessário apoiar leis as quais permitam a esses casais ter os mesmos direitos de casais heterossexuais, como acesso à saúde e compartilhamento de bens. Igrejas de diferentes matizes religiosos de países como Estados Unidos e Alemanha já realizam uniões de pessoas do mesmo sexo em suas paróquias. O Vaticano, no entanto, ainda veta estas cerimônias em templos e com líderes católicos.
Leia mais
As facções mais conservadoras da Igreja Católica fazem oposição às posturas mais progressistas do papa Francisco. Eles entendem que o pontífice tem dado sinais contraditórios sobre o casamento homossexual, e isso poderia desorientar os fiéis.