Francês que tentava cruzar Atlântico a remo é encontrado sem vida

O corpo de um septuagenário francês, que remava pelo Atlântico desde 1º de janeiro, "foi encontrado sem vida dentro da cabine de sua canoa", informou sua equipe à AFP neste sábado(22). Jean Jacques Savin, que completou 75 anos no dia 14 de janeiro a bordo de sua canoa "Audaz", de oito metros de comprimento e 1,70 de largura, partiu de Sagres (sul de Portugal) com o objetivo de se tornar "sênior do Atlântico" e "se divertir com a velhice".

Ele havia ativado os sinalizadores de socorro na sexta-feira, 21, e desde então não foi possível contatá-lo. Segundo a sua equipe, a segurança marítima portuguesa localizou o seu barco virado na altura dos Açores na sexta-feira, e, neste sábado, "um mergulhador conseguiu descer e entrar no barco".

Em mensagem enviada aos seus amigos e à AFP, Manon, filha de Jean Jacques Savin, disse que as buscas foram realizadas imediatamente em coordenação com os serviços de salvamento francês, português e americano".

Segundo o responsável pela comunicação da equipe de voluntários, Jean Jacques Savin estava em alto mar, a norte da Madeira, e rumava para a pequena ilha de Ponta Delgada, no arquipélago dos Açores, para reparos em seu barco. Após ser desviado por causa dos ventos fortes e ter alongado consideravelmente o percurso planejado, o septuagenário teve sérios problemas, causados por falhas de baterias elétricas e coletores solares.

Savin já havia atravessado o Atlântico em 2019. A bordo de um "barril gigante", ele partiu das Ilhas Canárias, na Espanha, e chegou ao Caribe quatro meses depois. À época, o percurso foi todo realizado com propulsão pelo vento e seguindo correntes oceânicas.

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