Ômicron pesará no crescimento econômico dos EUA, mas não o prejudicará, segundo Yellen
A variante ômicron do coronavírus pesará no crescimento econômico dos Estados Unidos nos próximos meses, mas não o prejudicará, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, nesta quarta-feira (19), durante uma reunião em Washington com os prefeitos do país.
"Sim, a ômicron apresentou um desafio e provavelmente afetará alguns dos dados nos próximos meses, mas estou confiante de que não prejudicará o que tem sido um dos períodos mais fortes de crescimento econômico em um século", disse Yellen, que foi aplaudida calorosamente.
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"Nada disso estava garantido. Acho importante que reconheçamos isso", acrescentou durante a Conferência de Prefeitos dos Estados Unidos.
Segundo a secretária do Tesouro do governo de Joe Biden, há "uma ideia equivocada de que a ômicron inviabilizou nossa recuperação; um cenário em que a nova variante devolveu nossa economia ao estado em que estava no dia da posse" do presidente, em janeiro de 2021.
A variante ômicron causou um aumento nas infecções e casos de quarentena, impedindo os americanos de trabalhar. As companhias aéreas, por exemplo, cancelaram milhares de voos desde o Natal devido à falta de pessoal.
Como resultado do aumento dos casos de covid-19, o crescimento econômico desacelerará no primeiro trimestre de 2022, preveem os economistas.
Mas Yellen insistiu que o Plano de Resgate Americano (ARP, em sua sigla em inglês), aprovado pelo Congresso em março de 2021 a mando de Biden, poucas semanas depois de chegar à Casa Branca, "agiu como uma vacina para a economia americana, protegendo nossa recuperação da possibilidade de novas variantes".
"A proteção não foi completa, mas foi muito forte e poupou as comunidades dos efeitos econômicos mais severos da ômicron e (da variante dominante anterior) delta", disse, e observou que US$ 350 bilhões em fundos de emergência foram canalizados para governos locais.
De fato, o primeiro ano da pandemia "dizimou os orçamentos do governo" e forçou demissões em massa e a licença coletiva de cerca de 1,3 milhão de trabalhadores, incluindo professores e profissionais de saúde considerados essenciais, reconheceu Yellen.
Mas, segundo ela, o financiamento de emergência permitiu que as comunidades se preparassem melhor contra a ômicron e ajudou a combatê-la quando começou a se espalhar, acrescentou.
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