Ex-ministro tunisiano detido rejeita ingestão de alimentos e remédios
O ex-ministro da Justiça da Tunísia, Noureddine Bhiri, homem-forte do partido de inspiração islamista Ennahdha que foi detido na sexta-feira e hospitalizado depois, se recusa a ingerir alimentos e a tomar medicamentos, informou nesta segunda-feira (3) à AFP uma fonte que o visitou no domingo.
O ministro do Interior, Taoufik Charfeddine, declarou hoje que a prisão de Bhiri foi provocada por "suspeitas de terrorismo".
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"Havia temor de um ato terrorista que afetasse a segurança do país e foi necessário reagir", explicou o ministro, que afirmou ter encaminhado uma série de elementos ao Ministério de Justiça e ao Ministério Público, que "tardaram" a tomar medidas.
Segundo a fonte consultada pela AFP, uma delegação de cinco pessoas - três da instância de prevenção da tortura (INPT, uma autoridade independente) e dois do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnudh) - teve acesso ao hospital de Bizerta (norte), onde Bhiri foi internado.
"Neste momento, ele não se encontra em uma situação crítica", disse a fonte à AFP.
Detido na última sexta-feira, Bhiri, de 63 anos, "está vivo e lúcido. Encontra-se hospitalizado em um quarto individual na ala de cardiologia do hospital", acrescentou.
No domingo, militantes de seu partido afirmaram que ele estava em "estado crítico" e "privado de medicamentos".
Bhiri sofre de hipertensão e diabetes. A equipe médica do ex-ministro espera que ele seja transferido para um hospital militar.
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