Milhares são chamados a deixar suas casas por avanço de incêndios nos EUA
Milhares de pessoas receberam um chamado de evacuação nesta quinta-feira (30), devido ao avanço rápido dos incêndios florestais no Colorado, nos Estados Unidos, onde as chamas devastam com facilidade uma região afetada por uma seca histórica.
Torres de eletricidade derrubadas por fortes vendos provocaram pequenos incêndios, que ganharam corpo na paisagem ressecada do condado de Boulder.
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Os 20.000 habitantes da cidade de Louisville, juntamente com os 13.000 residentes de Superior, receberam o chamado de evacuação. O Serviço Nacional de Meteorologia informou que se trata de uma situação "que está colocando vidas em risco".
Ventos de 160 km/h foram registrados em vários locais, abanando as chamas e dificultando o esforço dos bombeiros.
"Orações para as milhares de famílias evacuadas pelos incêndios em Superior e Boulder", escreveu no Twitter o governador do Colorado, Jared Polis.
"Ventos rápidos estão espalhando as chamas rapidamente e não há aeronaves voando", acrescentou.
Como boa parte do oeste dos Estados Unidos, o Colorado atravessou anos de seca que deixaram a área ressecada e vulnerável aos incêndios florestais.
Embora as chamas sejam parte natural do ciclo climático, ajudando a limpar a vegetação, sua escala e intensidade estão aumentando.
Cientistas alertam que as mudanças climáticas, majoritariamente impulsionadas por atividades humanas, como a queima indiscriminada de combustíveis fósseis, estão alterando os padrões meteorológicos.
Isto prolonga as secas em várias áreas e provoca tempestades incomuns fora de época em outras regiões, um fenômeno esperado à medida que as temperaturas em todo o mundo continuam aumentando.
Daniel Swain, meteorologista da Universidade da Califórnia, tuitou que era "difícil de acreditar" que estes incêndios estivessem ocorrendo em dezembro, quando não costumam ocorrer este tipo de chamas.
"Mas se pegarmos um outono quente e seco, com apenas 2,5 cm de neve até agora na estação, e acrescentarmos uma tempestade de vento extrema (de mais de 160 km/h)... O resultado são incêndios extremamente rápidos e perigosos", explicou.
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