Reforço da J&J é 85% eficaz contra formas graves da covid por ômicron, diz estudo
18:40 | Dez. 30, 2021
Uma dose de reforço da vacina anticovid da Johnson & Johnson (J&J), proporciona eficácia de 85% na prevenção de casos graves de covid-19 causados pela variante ômicron, de acordo com um estudo realizado na África do Sul, onde essa cepa é dominante.
"A eficácia da vacina contra hospitalizações aumenta após a injeção da dose de reforço", chegando a 85% no primeiro e segundo meses após a aplicação, apontou o estudo publicado nesta quinta-feira (30) no site de pré-publicação de artigos científicos medRxiv.
O estudo, que ainda não foi revisado por pares, foi conduzido pelo Conselho de Pesquisa Médica Sul-Africano (SAMRC) em profissionais de saúde de 15 de novembro a 20 de dezembro.
Cerca de meio milhão de trabalhadores da saúde sul-africanos haviam recebido anteriormente uma dose da vacina da J&J em testes clínicos, e alguns deles receberam uma dose de reforço entre seis e nove meses após a primeira.
A taxa de eficácia da dose de reforço contra a ômicron foi determinada a partir da comparação entre um grupo de 69 mil profissionais de saúde que a receberam e indivíduos não vacinados nas nove províncias do país.
A proteção contra hospitalização aumentou com o tempo, passando de 63% entre zero e treze dias após a injeção de reforço para 85% entre um e dois meses depois.
Anteriormente este mês, outro estudo feito na África do Sul mostrou que a vacina do laboratório americano Pfizer protegia em 70% contra casos graves da doença causados pela ômicron, mas com duas doses. Porém, não foram publicados resultados de eficácia do imunizante da Pfizer com três doses.
Por outro lado, a Johnson & Johnson relatou os resultados de outro estudo, realizado com várias dezenas de pessoas que foram vacinadas com a Pfizer, para comparar o efeito de uma dose de reforço da J&J com uma terceira dose de Pfizer.
Duas semanas após a terceira aplicação, o reforço da Pfizer produziu mais anticorpos contra a ômicron do que o da J&J.
No entanto, depois de quatro semanas, os anticorpos da dose de reforço da Pfizer estavam diminuindo e se multiplicavam apenas por 17, enquanto os da J&J continuaram aumentando, até se multiplicarem por 41.
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