Servidores da Receita entregam cargos em protesto contra Orçamento

Autor DW Tipo Notícia

Cerca de 500 cargos no órgão foram colocados à disposição para demonstrar insatisfação com corte de verbas no setor e aumento de salário para polícias federais. Reajuste foi demanda do presidente Jair Bolsonaro.Mais de 300 servidores da Receita Federal se demitiram na quarta-feira (22/12) em protesto contra o orçamento aprovado esta semana pelo Congresso, prevendo reajuste de salário para polícias federais, enquanto os servidores do Fisco sofreram corte de verba. Orçamento para 2022 prevê, entre outras coisas, R$ 1,7 bilhão para conceder aumento de salário a servidores, uma demanda do presidente Jair Bolsonaro, em aceno à sua base eleitoral a pouco menos de um ano da realização das eleições de 2022. Embora o Orçamento não defina que categorias serão beneficiadas, o acordo é para dar aumento a policiais. O protesto dos servidores da Receita já havia sido anunciado na segunda-feira (20/12) pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita, o Sindifisco. Por meio de nota, o presidente da entidade, Kleber Cabral, afirmou que o corte orçamentário na Receita Federal será usado para custear o aumento dos policiais, enquanto os chefes de unidades da Receita não receberão um aumento devido por causa da não regulamentação de um bônus para o setor. Embora os funcionários continuem no quadro da Receita desempenhando outras funções, cerca de 500 cargos de chefia ficarão vazios após a resignação dos oficiais, afirmou Cabral, que explicou que a entidade ainda não conseguiu consolidar todos os arquivos que chegaram de entidades regionais. O órgão deverá realizar assembleia para decidir se entra em greve geral, incluindo operações padrão na área aduaneira. A debandada de tantos auditores poderá significar dor de cabeça para o governo no setor aduaneiro e também fiscal durante o movimentado período do Natal. As demissões também representam uma reprimenda ao orçamento politicamente sensível de Bolsonaro por servidores públicos federais antes de um ano de eleições considerado tenso. md/rk (Reuters, DW, ots)

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