Promotores pedem prisão perpétua para suspeitos de derrubada do voo MH17
Os russos Sergei Dubinski, Igor Guirkin e Oleg Pulatov, e o ucraniano Leonid Kharshenko, quatro altos quadros dos separatistas pró-russos do leste da Ucrânia, são acusados de terem abatido a aeronave com um míssil terra-ar BUK
15:25 | Dez. 22, 2021
Os promotores holandeses pediram prisão perpétua para os quatro homens acusados de derrubarem o avião do voo MH17, da Malaysia Airlines, em 2014, no leste da Ucrânia, causando a morte de todas as 298 pessoas a bordo.
Os russos Sergei Dubinski, Igor Guirkin e Oleg Pulatov, e o ucraniano Leonid Kharshenko, quatro altos quadros dos separatistas pró-russos do leste da Ucrânia, são acusados de terem abatido a aeronave com um míssil terra-ar BUK.
"Pedimos que os suspeitos Girkin, Dubinsky, Pulatov e Kharchenko sejam condenados à prisão perpétua por sua responsabilidade na queda do avião que provocou a morte destas 298 pessoas", disse o promotor Manon Ridderbeks aos juízes.
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A acusação afirma que os quatro suspeitos tiveram um papel central na obtenção do sistema de míssil terra-ar BUK, com o provável objetivo, ainda segundo a Promotoria, de derrubar uma aeronave militar ucraniana.
"Se essa era sua intenção, isso não muda nada, porque continuam sendo acusados de um ato criminoso", alegaram os promotores.
Ainda segundo a acusação, a lei holandesa não distingue entre aeronaves militares e civis.
"Qualquer violência contra a aviação deve ser severamente punida", frisaram.
O réu de mais alto perfil é Girkin, de 49 anos, conhecido pelo pseudônimo de "Strelkov". Ele foi um dos principais comandantes dos separatistas no início do conflito na Ucrânia.
Dubinsky, de 57, é acusado de pertencer aos serviços russos de Inteligência russos, e Pulatov, de 53, foi um soldado das forças especiais russas, subordinado a Dubinsky.
Já Kharchenko, de 48, teria liderado uma unidade separatista no leste da Ucrânia.
"Os suspeitos usaram o míssil BUK como sua arma própria", disse o procurador-geral Thijs Berger.
Nas audiências desta semana, Berger afirmou que os réus "não apertaram o botão" para lançar o míssil, "mas usaram-no em sua luta armada, com o objetivo de destruir um avião".