Supertufão Rai deixa mais de 30 mortos nas Filipinas

As comunicações caíram em Siargao e na cidade vizinha de Surigao, no norte da ilha de Mindanao, ao sul

Pelo menos 33 pessoas morreram nas Filipinas, na passagem do tufão mais forte a castigar o país este ano - informaram as autoridades locais neste sábado (18).

Mais de 300.000 pessoas fugiram de suas casas e hotéis litorâneos, quando o tufão Rai atingiu as regiões centro e sul do país. Várias áreas ficaram sem comunicação e postes de energia foram derrubados.

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O Rai era um supertufão, quando atingiu a popular ilha turística de Siargao na quinta-feira, 16, com ventos máximos de 195 km/h.

Fotos aéreas divulgadas pelo Exército mostraram a extensão dos danos na cidade de General Luna. Várias casas tiveram o telhado arrancado, e os destroços se espalham por toda a parte. Esta localidade é muito procurada por surfistas e por veranistas para as festas de fim de ano.

A ilha vizinha de Dinagat foi "arrasada" pela tempestade, relatou a governadora Arlene Bag-ao no Facebook, listando casas, barcos e terrenos destruídos.

A força dos ventos do Rai caiu para 150 km/h, à medida que avançava pelo arquipélago, deixando um rastro de inundações, árvores arrancadas e casas de madeira destroçadas.

Neste sábado, o supertufão se encontrava sobre o Mar da China Meridional e seguia para o Vietnã, informou o serviço meteorológico nacional.

"Esta é uma das tempestades mais poderosas que já atingiram as Filipinas em um mês de dezembro na última década", disse à AFP o chefe da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho no arquipélago asiático, Alberto Bocanegra.

"As informações e as imagens que recebemos são alarmantes", acrescentou.

Na província de Negros Ocidental, um responsável pela área de gestão de desastres confirmou a morte de 13 pessoas, a maioria delas afogadas. Segundo a mesma fonte, outras 50 estão desaparecidas nas áreas inundadas.

"Começamos a pedir as pessoas a deixarem suas casas na quarta-feira, 15, mas muitos se mostraram resistentes a fazer isso", disse o oficial Salvador Mesa à AFP.

Mais de 18.000 militares, policiais, agentes da Guarda Costeira e bombeiros vão-se somar aos esforços de busca e resgate nas áreas mais afetadas, disse à AFP o porta-voz da Agência Nacional de Desastres, Mark Timbal.

"Houve danos severos" em Surigao e em Siargao (sul), relatou Timbal, referindo-se às áreas mais afetadas pelo tufão.

As comunicações caíram em Siargao e na cidade vizinha de Surigao, no norte da ilha de Mindanao, ao sul.

A Guarda Costeira das Filipinas divulgou, nas redes sociais, fotos da cidade de Surigao, mostrando edifícios sem telhado, estruturas de madeira destruídas e palmeiras arrancadas. Nas imagens aéreas, vê-se grandes campos de arroz cobertos de água.

Pelo menos três pessoas morreram, e dezenas ficaram feridas em Surigao, disse o prefeito Ernesto Matugas à rede ABS-CBN.

O vice-governador da ilha de Dinagat, Nilo Demerey, afirmou que a tempestade deixou pelo menos seis pessoas mortos.

Os moradores "estão tentando consertar suas casas, porque até os abrigos foram destruídos. Não têm onde se refugiar. Tudo foi destruído", afirmou Demerey, em entrevista ao mesmo veículo.

Apelidada de "Odette" nas Filipinas, a tempestade Rai chega, de forma tardia, na temporada de tufões, que costuma se estender de julho a outubro.

Um "supertufão" é um ciclone extremamente violento, equivalente a um furacão de categoria 5 (máximo da escala Saffir-Simpson) nos Estados Unidos. Apenas em torno de cinco são registrados a cada ano no mundo.

Este é o ciclone mais violento registrado em 2021 nas Filipinas, um dos países mais vulneráveis ao impacto da mudança climática, com uma média anual de 20 tempestades e tufões.

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