Novo surto de Covid-19 faz China cancelar voos e fechar escolas

Restrições estão sendo implantadas em várias regiões do país após registros de novos casos da doença; autoridades locais não detalharam quantidade de novos casos

O país onde foram registrados os primeiros casos de Covid-19 acende sinal de alerta após um novo surto da doença registrado nesta semana. As autoridades locais não detalharam o total de novas contaminações, mas demonstraram preocupação ao cancelar centenas de voos, fechar escolas e iniciar novamente uma campanha massiva de testagem da população.

A origem dos novos casos ainda está sendo investigada, mas a principal hipótese aponta para uma possível nova variante do vírus registrada inicialmente em um casal de idosos que fazia viagem doméstica no país.

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Segundo as autoridades chinesas, os idosos estiveram em Xangai, partiram em voo para Xi'an (centro) e depois percorreram as províncias de Gansu e Mongólia Interior (norte), áreas que voltaram a ter registros de infecções após meses com indicadores zerados. A capital Pequim também voltou a ter casos confirmados.

Temendo um novo agravamento da crise sanitária, gestores locais lançam mão de novas restrições. Na última quarta-feira, 20, uma divisão administrativa localizada na região chinesa da Mongólia Interior impôs um novo bloqueio social, anunciando ainda que testaria os 180.000 habitantes do território. A medida veio após a cidade de Erenhot e uma divisão chamada Ejina Banner terem proibido a entrada e saída de pessoas das respectivas localidades para barrar um possível alastramento do contágio.

Os novos lockdowns tem o objetivo de eliminar todos os casos enquanto a vacinação da população avança. Segundo informações do Governo chinês, mais de 70% dos habitantes, cerca de 980 milhões de pessoas, já estão completamente imunizados com as duas doses da vacina contra a Covid-19.

Antes de atingir a totalidade da população vacinada, o Governo deve continuar com as restrições. Por causa dos novos casos registrados, atividades importantes foram canceladas. Na última terça-feira, 19, por exemplo, a empresa Expace, organização aeroespacial financiada pelo estado, anunciou o adiamento de uma missão com o foguete Kuaizhou 1-A em Jiuquan alegando medida preventiva de controle de epidemias. Além disso, todos os tiveram foram proibidos de manter contato com qualquer pessoa do exterior.

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