Chefe da Samsung é julgado por consumo ilegal de propofol
O herdeiro e dirigente de fato do grupo Samsung, Lee Jae-yong, compareceu nesta terça-feira, 12, no tribunal acusado de uso ilegal do anestésico propofol, um delito pelo qual o promotor pediu condenação a uma multa de 70 milhões de won (cerca de 57 mil dólares).
Lee, o vice-presidente da maior fabricante mundial de smartphones Samsung Electronics e, de acordo com a Forbes, 297 fortuna global, é acusado de receber injeções de propofol em uma clínica de cirurgia plástica em Seul em 2017 e 2018.
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O propofol é um anestésico médico, usado principalmente em serviços de reanimação, mas também é utilizado como droga.
Uma overdose de propofol foi a causa da morte do cantor americano Michael Jackson em 2009.
O uso de propofol é normalmente considerado um delito de menor gravidade na Coreia do Sul e, em junho, a Promotoria propôs punir Lee com uma multa de 50 milhões de won (cerca de US $ 42 mil) sem julgamento.
Mas o tribunal não aceitou a proposta e decidiu que Lee deveria ser julgado.
Nesta terça-feira, Lee entrou no tribunal vestido com um terno escuro e usando máscara, sem fazer declarações à imprensa.
A Promotoria pediu que ele fosse condenado a uma multa de 70 milhões de won, enquanto os advogados de Lee argumentaram que as injeções de propofol foram feitas por motivos de saúde.
O tratamento "foi prescrito de acordo com as normas sanitárias por um médico durante o tratamento de Lee", disseram em um comunicado.
A Samsung Electronics, principal subsidiária do conglomerado Samsung, não quis comentar.
Lee se tornou o líder de fato do conglomerado após a morte de seu pai no ano passado.
Dois meses atrás, ele foi libertado sob fiança após ser condenado a dois anos e meio de prisão por suborno, peculato e outros crimes relacionados ao escândalo de corrupção que levou à renúncia da então presidente sul-coreana Park Geun-hye.
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