Princesa Mako se casará este mês e deixará família imperial

Mako conheceu o noivo na universidade e casamento foi adiado, em 2018, após polêmica; princesa não terá cerimônias oficiais e recusou pagamento tradicionalmente oferecido em ocasiões semelhantes

13:28 | Out. 02, 2021

Por: Bemfica de Oliva
Princesa Mako perderá título de nobreza após casar noivo Kei Komuro; casal se conheceu em 2012, na universidade (foto: SHIZUO KAMBAYASHI / POOL / AFP)

A princesa Mako, sobrinha do imperador do Japão, Naruhito, se casará no final deste mês, após três anos adiando a cerimônia. A informação foi confirmada pela Agência Imperial do país.

Mako conheceu o namorado, Kei Komuro, em 2012, quando ambos estudavam na Universidade Internacional Cristã, em Tóquio. Eles noivaram de forma extra-oficial em 2017, e o casamento estava marcado para o ano seguinte, mas foi adiado devido a polêmicas com a família do noivo.

A mídia japonesa relatou, à época, que a mãe de Komuro havia pedido dinheiro emprestado a um ex-noivo, para bancar parte da educação do filho. O valor, de 4 milhões de ienes (cerca de R$ 193 mil), não teria sido devolvido, e houve especulações de que a família Komuro estaria em dificuldades financeiras.

Em abril deste ano, Kei, hoje trabalhando como advogado nos Estados Unidos, publicou uma carta explicando o caso. Ele reconheceu a existência da dívida e afirmou que ela seria paga.

Casamento da princesa Mako não terá ritos da família imperial

O casamento, que acontecerá em 26 de outubro, não seguirá uma série de ritos habituais da família imperial japonesa. A decisão teria sido tomada para evitar mais exposição do caso, pois, segundo a agência, Mako foi diagnosticada com Transtorno de Stress Pós-Traumático (TSPT) devido à cobertura midiática do seu noivado.

A cerimônia de oficialização do noivado, chamada Nosai no Gi, não acontecerá. Um tradicional banquete com a presença do imperador Naruhito e da imperatriz Masako, também foi dispensado.

Por fim, as mulheres da família imperial japonesa que se casam com plebeus perdem o título de nobreza, e recebem um pagamento de 150 milhões de ienes (aproximadamente R$ 7,2 milhões) para "manter a dignidade", mas Mako recusou o dinheiro. É a primeira vez que isso acontece desde que a lei de sucessão imperial do Japão entrou em vigor, em 1947.

Ao perder o título de nobreza, Mako também abdica do direito ao passaporte diplomático emitido pelo Japão a membros da família imperial. Após o casamento, ela deverá solicitar um novo documento, como plebeia. Após o casamento, ela e Kei devem partir para os Estados Unidos, e morar definitivamente no país.

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