Queda de grupos radicais é uma das poucas vitórias dos EUA

Apesar do fracasso em conter a disseminação do terrorismo, a Guerra ao Terror coleciona alguns sucessos nos 20 anos após o 11 de Setembro. Os EUA conseguiu sufocar organizações jihadistas, como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico, e evitaram outro ataque catastrófico dentro de seu território.

"O sucesso estrondoso dos serviços de inteligência dos EUA em evitar novos ataques e construir uma rede de espionagem capaz de detectar sinais de planos de atentados fez com que o terrorismo deixasse de ser uma preocupação imediata dos últimos governos americanos, a ponto de o presidente Joe Biden querer que as agências de inteligência voltassem seu foco para a China e para a Rússia", afirma Daniel Byman, professor da Walsh School of Foreign Service da Universidade Georgetown, e autor de Road Warriors: Foreign Fighters in the Armies of Jihad. "E essa certeza de segurança reforça o esforço do governo Biden para acabar com as guerras eternas."

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Para Byman, as agências de inteligência dos EUA entenderam que, em vez de uma vitória decisiva, os americanos parecem ter se contentado com algo menos ambicioso: "bom o suficiente". "Os EUA reconhecem que, embora o terrorismo jihadista possa ser impossível de erradicar total e permanentemente - ou que os custos de tentar fazer isso são simplesmente altos demais -, a ameaça pode ser reduzida a ponto de matar relativamente poucos americanos e não moldar mais a vida diária nos EUA", disse.

À medida que o governo americano fica mais cético em relação às operações de contrainsurgência em grande escala destinadas a remodelar sociedades inteiras, os três governos mais recentes - Barack Obama, Donald Trump e Biden - têm se concentrado em manter as organizações jihadistas fracas e desequilibradas.

Por meio de uma mistura de coleta de inteligência, operações militares pontuais e esforços de segurança interna, eles conseguiram, em grande parte, manter a luta em bolsões isolados no mundo. "Em um grau notável, os próprios EUA foram isolados da ameaça. O jihadismo permanece vivo e bem no exterior. E não vai desaparecer tão cedo, mas a atual doutrina dos EUA é uma forma politicamente viável e comparativamente eficaz de administrar a questão. É boa o suficiente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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