Vida extraterrestre (ET) pode ser encontrada ao redor de buraco negro?
O conceito de esfera de Dyson, em que uma vida extraterrestre (ET) poderia se alimentar da energia de uma estrela, foi retrabalhado por pesquisadores chineses em artigo publicado em julho deste ano. Afinal, um alienígena pode ser encontrado ao redor de buraco negro? EntendaO físico e matemático inglês Freeman Dyson teorizou, na década de 60, que civilizações avançadas extraterrestres (ETs) poderiam se estruturar ao redor de uma estrela, fazendo dela uma fonte de energia. O conceito ficou conhecido como “esfera de Dyson” e passou por algumas sugestões ao longo do tempo. Em julho deste ano, uma nova possibilidade foi sugerida por pesquisadores da National Tsing Hua University, em Taiwan, na China.
Em artigo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, uma equipe liderada por Tiger Yu-Yang Hsiao propôs uma "esfera de Dyson" estabelecida ao redor de um buraco negro ativo. Ou seja, na teoria dos pesquisadores, um ET conseguiria chegar perto de um buraco negro e firmar naquela região uma fonte de energia. A ideia é teoricamente possível, pois os buracos negros formam elementos ao alimentar-se de matéria.
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Um desses recursos é o disco de acreção, formado com plasmas de altas temperaturas e velocidades toda vez que algo é “engolido” pelo buraco negro. Muito energético, esse disco contém até 100 mil vezes a luminosidade do Sol, caracterizando-se como uma potente fonte de energia. Outros recursos ativados pelos buracos negros são os jatos relativísticos, liberados a até alguns milhares de anos-luz de distância. Esses recursos poderiam ser utilizados para a manutenção de uma civilização extraterrestre, na teoria dos pesquisadores.
Os seres humanos e o buraco negro
Os seres humanos ainda não conseguem construir uma tecnologia avançada o suficiente para se aproximar de buracos negros e alimentar-se de suas energias. Porém, uma civilização com essa possibilidade poderia ser detectada pelos cientistas da Terra. Segundo a pesquisa chinesa, as esferas de Dyson mais quentes poderiam ser mais visíveis em faixa ultravioleta e as mais frias, no infravermelho.
No entanto, o trabalho de detecção dessas esferas seria dificultado pelos próprios buracos negros, que também emitem radiação nesses comprimentos de onda (ultravioleta e infravermelho). A pesquisa sugere, apesar disso, a procura por outros eventos astronômicos para a detecção, como o efeito da gravidade de uma esfera de Dyson em um buraco negro.