Blinken chama China e Rússia para discutir colapso do Afeganistão

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, abordou nesta segunda-feira, 16, o colapso do governo do Afeganistão, apoiado pelo Ocidente, com autoridades da China e da Rússia, dois rivais frequentes dos Estados Unidos que anunciaram rapidamente que trabalhariam com o Talibã.

Blinken falou separadamente com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e seu homólogo chinês, Wang Yi, para discutir a situação de segurança e os esforços para evacuar as pessoas para um local seguro.

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O Departamento de Estado não forneceu mais detalhes.

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A Rússia garantiu que Blinken e Lavrov discutiram a reaproximação iniciada por Moscou com várias forças políticas afegãs para "ajudar a garantir a estabilidade e a ordem pública".

Ambas as partes "concordaram em continuar as consultas com a participação da China, Paquistão e outras nações interessadas para estabelecer as condições certas para iniciar um diálogo inclusivo entre os afegãos", disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Em discurso à nação na Casa Branca, nesta segunda-feira, 16, o presidente americano, Joe Biden, disse que prorrogar a guerra no Afeganistão teria beneficiado China e Rússia.

"Nossos verdadeiros concorrentes, chineses e russos, amariam que os Estados Unidos continuassem investindo bilhões de dólares em recursos e atenção para estabilizar o Afeganistão indefinidamente", declarou Biden na Casa Branca ao defender a decisão de retirar as tropas americanas do país.

Tanto a Rússia quanto a China intensificaram seus contatos com o Talibã depois que os Estados Unidos decidiram se retirar do Afeganistão, encerrando um envolvimento militar de 20 anos e causando um colapso rápido do governo do país asiático.

Moscou, que nos tempos soviéticos ocupou o Afeganistão por uma década durante a qual lutou contra as guerrilhas islâmicas então apoiadas por Washington, manteve sua embaixada aberta em Cabul e planeja negociações com os talibãs.

A Rússia disse que vê os talibãs "restaurando a ordem", enquanto a China anunciou na segunda-feira que deseja relações "amistosas e cooperativas" com o Afeganistão sob o comando do Talibã.


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